Transcrição

estamos no ar com mais um à Deriva o senhor tropetry na operação do programa tal cai da Lapa tudo bem Caio beleza tudo certinho tudo certinho aqui tá sabendo das cinco palavras que não podem ser ditas não posso falar também Ih caramba manda ver os recados de hoje aí bom quem quiser mandar mensagem pode mandar lá no telegram da saco cheio de TV saco cheio de TV uma plataforma de assinatura com podcasts bons demais pro YouTube você entra lá assine também tem acesso ao telegram para poder interagir aqui com a gente aí você manda a sua pergunta aí no final do programa a gente toca aqui convidado então é muito mais negócio de você assinar TV pra interagir com os nossos convidados do que mandar mensagem paga no YouTube e é isso aí é isso aí pessoal que tá no grupo telegram e pode mandar sua pergunta em áudio preferencialmente que é muito mais legal e se você estiver no YouTube não precisa mandar super chat tá a gente vai ler a sua pergunta se ela for boa e eu só preciso anunciar que dia 22 agora no sábado estarei em Fortaleza abr da segunda sessão puxou em Fortaleza então se você é de Fortaleza acessa aí arturopetry.com/agenda e vai lá no linkzinho de Fortaleza e compra o ingresso para segunda sessão porque a primeira já foi tá bem Vamos trabalhar então que o convidado de hoje é o Eduardo Spore ele é escritor jornalista e professor e tem um monte de livro publicado também tudo bem Eduardo como é que tá obrigado pela presença aqui beleza obrigado você pelo convite aí agradecer né agradecer o Vilela aí que fez essa ponte nossa querida amiga né Um abraço carinhoso para ele aí boa valeu para você ter me chamado eu estou feliz de estar conversando contigo pô eu tava vendo lá as tuas redes sociais tá falando em off aqui né que a que eu tenho um público bem fiel né bem lixado que gosta bastante da da parada que tu faz a a visão dos dos leigos tipo eu de Fora que não tá nesse mundo da literatura é que seria praticamente impossível viver de literatura principalmente no Brasil porque a gente tem aquela estatística lá de que o brasileiro não lê nada que ele lê meio livro por ano isso tem esses dados como é que é isso isso pra ti isso bate em ti ou para cheia de boa eu vivo de literatura mas é aquela coisa né é um caminho que você tem que pavimentar por muito tempo eu comecei o primeiro livro publicado que foi batizado do Apocalipse eu comecei a escrever em 2002 acabei em 2005 foi publicado pela primeira vez pelo Jovem Nerd 2007 pela pela Editora veros né da do grupo Record em 2010 e isso já tem 12 anos eu não sou bom de matemática não tem 12 anos 2010 agora tem 12 anos então é um caminho longo é claro que é possível agora a questão é que você tem que eu acho que existe agora falar mas existe uma imediatismo hoje em tudo que se deseja fazer né as pessoas às vezes querem não sei se é hoje não sei se eu tô sendo meio as pessoas querem tudo muito rápido né E como qualquer profissão é algo que vai sendo construído ao longo do tempo você vai levar a sério uma profissão por exemplo Medicina né você vai fazer quatro anos de faculdade mais dois anos de residência para você começar a trabalhar então são seis anos então é claro você vai escrever pode lançar o teu primeiro livro primeiro livro pode ser que não seja conhecido não der certo você tem que persistir e assim que funciona não é querer frustrar ninguém mas é uma média aí de quatro cinco anos para você começar a engrenar na literatura se você quiser ser um profissional claro que você pode escrever de forma terapêutica né Tudo bem eu não queria mostrar para ninguém pode acontecer escrito terapêutica mas se quiser ser um profissional de escrito aí e você lido e você ganhar dinheiro com isso é claro que você tem que tem que primeira coisa é o livro você tem que trabalhar muito no livro é que é o principal é também é você também sabe divulgar encontrar a sua a sua maneira de divulgar e o seu atos né a tua maneira de você conseguir contato com seu eleitores não existe não existem dois caminhos diferentes na literatura cada um é trilha diferente para você chegar no teu não vou dizer sucesso que se essa relativo mas chegar no teu caminho profissional né Cada um o meu o meu caminho foi pelo meio da internet dos podcasts de outras pessoas podem ser levando os livros né na o André Vianco que foram precursor nosso aí ele levava os livros na livrarias né Fala fazia né levava pessoalmente ele olhar o carro dela outro amigo meu foi pelo meio de RPG alguns pela pelo cinema e também para você ter essa divulgação você tem que seguir também como eu falei o seu etros né para também ficar uma coisa meio ridícula se você não seguir né é por exemplo a Talita Rebouças também é uma escritora também que vive literatura ela subia não recebianazes ela subia nas mesas e começava a jogar dançava tal porque ela é escritora de criança tudo né e as Crianças ficavam achando aquilo engraçado e jogava bala aquelas coisas todas Imagina eu fazendo isso numa mesa dançando Ô ridículo né então não é mas para ela funcionava porque a Talita é isso né Talita é alegria Talita tem essa espírito porque é o Atos dela é o caminho dela então a gente pode até observar a trajetória dos outros escritores mas o cara que tá começando ele tem que encontrar o seu caminho mas também eu sempre insisto nisso não adianta você trilhar um caminho encontrar um caminho de divulgação se você não tiver um bom trabalho eu acho que ao principal sempre é a tua obra sempre é o teu livro né você que faz seu shows se você trabalha um for bom você pode ter divulgação tudo que é lugar em Hollywood tal não adianta né se eu todo trabalho não for bom toda hora tem que ser bom para você poder alcançar o mínimo de visibilidade mas esse fato de que o brasileiro lê muito pouco ele atrapalha de alguma forma ou atrapalhou a tua carreira acho que não acho que o brasileiro não tem certeza que o Brasil tá ali na cada vez mais é comparado com outros países né É claro você tem um índice mas em geral da parcela de brasileiros que gostam de leite e que muitos jovens por exemplo né tá crescendo muito já há muito tempo cresce muito né você tem por exemplo hoje em dia Muitas livrarias abrindo no Brasil a rede leitura por exemplo abre uma loja acho que uma loja por mês eu não sei se foi exatamente qual é o índice e se tem essa demanda de livro durante a pandemia se leu muito foi excelente para o Mercado Livre foi ruim para os livros físicas logicamente mas foi excelente então o livro ele tá aí como sempre é claro que a gente tem que continuar incentivando né a leitura eu falo do telegram Eu tenho um canal no telegram fazer propaganda que é o t.me Né barra Eduardo expor lá a gente tem um podcast que de áudio né quer ser uma nossa toda quinta-feira sai um um hoje tinha Minnie pode literário e lá a gente tá todas toda semana incentivando a leitura lendo e-mails da Galera pessoas que querem ser querem escrever que gostam de ler fazendo essa parte né mas é as perspectivas são boas caras tá aumentando então o número de leitores no Brasil de forma assim os caras aumentou o número de venda de de leitura porque uma coisa é comprar eu tenho uma partida cheia de livro lá as duas coisas as coisas lê mesmo acho que a partir da geração é Harry Potter esse esse índice cresceu muito né Harry Potter foi ali a grande o que o que puxou muita coisa né Eu lembro quando foi lançado o primeiro Harry Potter mas o meu primeiro livro foi lançado Independente de 2007 na nas livrarias em 2010 e claro que muita gente que era mais era mais nova do Harry Potter o primeiro livro Batalha do Apocalipse que a fantasia claro que beneficei muito que tinha muito leitor mais ou menos jovem hábito por fantasia né então é assim as vendas é sempre cresce antes do Harry Potter que teve uma geração que ele é pouco eu acho mas ajudou muito né Depois o Senhor dos Anéis com os filmes Game of Thrones né outros muitos sucessos aí que que incentivaram então eu vejo por um ângulo positivo e o elemento da tecnologia da das redes sociais celular que divide muita atenção né da pessoa com com o livro isso aí eu imagino que também atrapalhe o cara a ficar num livro concentrado por um bom tempo porque ele tem sempre uma coisa para escapar ali tu vê alguma coisa nesse sentido eu acho que tem um pouco disso né mas quando você é por isso que eu acho que você também Enfim acho que a arte é cada um faz como que é eu pelo menos né tento nos meus livros é trabalhar por exemplo com capítulos curtos porque aí você é o tempo de você você ler um Capítulo meu em talvez menos meia hora talvez meia hora e aí você faz a tua pausa né para você ver lá alguma coisa na internet tudo é uma técnica Não tô dizendo nem que seja certo ou errado e cada um é por ser mas existe mesmo essa essa competição e com a tecnologia com o próprio videogame com alguma coisa que você na televisão no YouTube né você falou rede social né os aplicativos de mensagem até São piores nesse sentido do que a própria rede social como como um Twitter e Facebook antigamente né que apita na tua cara hoje né um WhatsApp um telegram mas o que eu tento dizer é que é Invista na leitura Invista quando você lê um bom livro você investe nessa você pega lá quatro cinco horas do seu sábado para você ler você vai se recompensado eu puxo muito sardinha para literatura é uma arte que faz a gente pensar né desenvolve a capacidade de reflexão de raciocínio enfim eu acho que investir na leitura é muito importante eu digo é que você não vai se arrepender É claro é claro que existem livros bons e ruins existem elas não diria livros bons e ruins livres que você gosta mais do que você gosta menos Então você também tem que saber fazer essa escolha né é encontrar livros que se conectem com você né Às vezes o cara é um leitor novo ele é um livro tô falando aqui em vista uma leitura o cara pegou e não gostou tá aí pega o segundo não gostou ele pega o terceiro não gostou ele aí ele conclui que a leitura é uma coisa ruim mas na realidade não é aquela leitura seja ruim nem que os livros é que você não encontrou de repente uma um livro que te tocasse e o que eu digo é para você buscar ali um livro que você que seja algo de seu interesse né eu comecei a os livros que eu comecei a ler na verdade que me interessaram me interessavam muito era um livro de fantasia porque eu jogava RPG né e aquilo se tornou algo que prático para o meu hobby de jogar RPG então eu me interessava muito porque eu tava vendo como é que eu poderia usar aquilo que eu tava lendo na hora que eu tava dirigindo um jogo Mestrando um jogo de repente não sei se você conhece RPG como é que é relação com isso que que eu poderia usar né e aquilo me ajudou né E aí me interessava depois eu comecei a ler Sherlock Holmes né que também é um romance policial que o romance policial é um é um gênero Excelente excelente Para quem para formação do leitor para quem tá começando Excelente excelente Leia um primeiro Leia o Estudo em Vermelho deixar ela come que é o primeiro livro porque é um jogo né É um jogo que o escritor coloca as peças ali coloca as pistas né como na cena do crime ele coloca as pistas ali e é te desafio a tentar descobrir né o mistério eu nem tento mais que eu sou péssimo não consigo não nunca mas é a gata cristie também né é um é eu diria que é uma maneira de você começar né com livros curtos de repente né que em vez de ter que investir no livro de sei lá de 900 páginas tudo né não tô tirando a incentivo desencorajando ninguém de ler por exemplo Game of Thrones que eu acho maneira tal Sem dúvida Mas de repente está começando Lê aí Um Estudo em Vermelho né [Música] Você pode ler um livro desse assim que que vai que vai te propor um jogo né vai ser interessante de ler pode ser um começo né mas eu digo sempre em vista em vista na leitura vocês não vão perder nada vocês vão só ganhar eu encoraja muita galera nesse sentido aí tudo lê desde que idade eu acho que bom deixa que eu aprendi a ler Teve uma época que no colégio sempre teve aquela coisa de às vezes tentar impor livros que não eram para nossa cidade mas no colégio também teve coisas boas né a gente Lia muito por exemplo o a coleção Vagalume que tinha livros excelentes não sei se você vai lembrar é uma coleção da nossa época que muito bom eu tá falando no Vilela isso é um livro que marcou muito da coleção Vagalume vai ter repetir que vale a pena o caso da borboleta Atíria quero uma história de policial é um assassinato no mundo dos insetos a história policial um trailer no mundo dos insetos que tem lá os insetos estão sendo mortos né e vão tentar e acham que é uma borboleta né que tá matando tipo aquela borboleta tipo bruxa que verdade acho que é uma acham que é uma coruja porque sabe aquela borboleta que ela abre as asas e fica tipo um olho assim de coruja sabe tipo uma pessoa tipo procurei na internet e aí acham que acham que é que a coruja que tá matando insetos E aí descobre que a borboleta que ela se camuflava assim né no final ela abre as asas assim você achava que era outra pessoa né outra pessoa achava que era coruja eu achei que ele fascinante porque eu tava encaixando por essa coruja tá matando tal quer dizer aquela lógica que eu te falei né do do policial só que na para criança né então meu colégio tinha muitas coisas interessantes tinha rodízio de livro quer dizer cada um trazia um livro e você podia escolher qual o livro que você ia pegar da dos seus amigos né então não impunham o livro né Mas tu lembra-se na tua turma o hábito da Leitura foi pego por todos ou tu foi uma exceção porque eu lembro que na minha escola também tinha a leitura e eu quase quase ninguém gostava muito de ler Então eu acho que assim como você tinha alguns que gostavam mas eu tô dizendo eu acho que veio depois como eu tô dizendo eu não sou da geração Harry Potter eu sou um pouquinho mais velho mas eu acho que para muita gente veio pela Harry Potter para cada um depois para mim ver como eu falei pela RPG né no colégio mas eu já jogavam e começavam ali Como eu disse pra poder jogar né porque tem uns livros de RPG Eu também tinha alguns romances que eram no mesmo universo daquele cenário que a galera jogava então pô perfeito mas a minha geração que a geração pré Harry Potter é eu tenho 46 né temos uma geração um pouco anterior é foi a geração que sofreu mais com isso a geração mais para frente ali se beneficiou muito com com Harry Potter e depois com outros livros que foram surgindo fantojuvenis e hanguá atitude né mas tinha eu tinha isso na forma geração que que ainda sofreu um pouquinho a minha eu por outros razões Me empolguei Mulher tu disse que tu escreveu o teu primeiro livro em 2002 tu escreveu já ou terminou em 2002 não comecei a escrever o primeiro livro publicado na verdade do Apocalipse e acabei escrevendo não 2003 na verdade 2003 a 2005 foi que eu escrevi a batalha Esse foi o primeiro publicado agora escrever eu escrevo desde os seis anos de idade e escrevi muita coisa ruim e acho isso excelente cara excelente porque você é que eu sempre falo a gente não consegue nunca acertar sem errar né eu errei muito cara escrevia eu era obcecado por isso né eu não sabia desenhar era péssimo desenho e aí eu me expressava pela pela escrita né os amigos todos meus sabiam desenhar e tudo e eu não então aí eu gostava de ler e aí as histórias minhas eram pelas escritas escrevia contos né novelas tudo tudo no caderno espiral e tal né E aí escrevi muita coisa E aí eu comecei a ver que eu começava a não escrever a coisa não ia para frente daí a hora que eu parava um livro eu não sabia para onde que eu levava a história isso me frustrava né Pô queria terminar essa história mas eu não sei como terminar e tal e aí por tentativa erro fui desenvolvendo um método meu lá é que não é meu né o método que eu acho que também acompanha que é escrever um roteiro antes é ter o roteiro para saber onde é que você vai onde é que você vai terminar a tua história né para você não ficar não ter o bloqueio criativo porque o seu grande problema você se bloqueia que você não sabe para onde você vai então quando eu conseguir escrever um roteiro eu consegui chegar o final dos livros que eu escrevi né mesmo de forma madura né mas entra não acaba aprendendo a história não isso é a grande questão né tem essas duas vertentes né o escritor jardineiro escritor arquiteto o jardineiro é aquele que planta uma planta bota uma semente deixa crescer fica E aí ele ele vai se surpreendendo com a coisa que vai aparecendo né o caso do Jorge Marte nada ele fala muito isso ele vai se surpreender Mas tem uma armadilha se você acaba com TV se enrolando no final né você talvez não sabem onde é que aquela história vá e o roteiro eu enxergo ele como uma bússola na verdade né claro que você pode sair um pouco do seu caminho você pode tomar algumas liberdades ali né existe a tua surpresa tua criatividade na hora de escrever diálogo por exemplo Ninguém Pode Prever como é que vai ser um diálogo um diálogo ele é não dá para você fazer um roteiro de um diálogo o diálogo ainda tem que ser o texate ele tem que você tem que ver na hora porque o diálogo ele só funciona se realmente um personagem respondeu o outro eu falo uma coisa e se eu tiver esse outro o outro personagem tiver planejado em dizer uma coisa não tiver no fundo respondendo exatamente que o outro tá falando explicar fica fica uma coisa falsa artificial Então tem que ter várias personalidades na tua própria cabeça e cada uma tem a sua própria verdade tu tem que dividir o teu cérebro em várias vozes diferentes é quase como se fosse mesmo você incorporar ali né até quando eu vou escrever eu demoro ali uns 10 minutos para pegar aqui é quase como se fosse eu tivesse lá me concentrando essa concentração é você incorporar aqueles personagens ali e você tem que ter uma também uma visão eu acho o tem que ter aqui eu não gosto muito de colocar regras arte arte Mas eu acredito que seja que seria bom se você tivesse uma visão indulgente sobre o mundo e sobre as pessoas curiosa né não tentar julgar tanto porque aí você consegue entender a personalidade por exemplo de vários de um vilão por exemplo né de um antagonista e é preciso você se colocar na pele desse personagem de diversos para você poder escrever senão todos os personagens vão se alterar os seus E aí vai ser uma coisa muito chata eu acho assim então é então o futuro eu acho que ele tem ou deveria ter uma visão mais tolerante sobre o mundo né para você realmente entender a visão do outro né enfim eu acho que essa maneira aí você incorpora os personagens e você consegue fazer personagens que são diferentes né detestáveis né outros que são amáveis E aí vai adiante você tem algum ritual para conseguir entrar nesse estado de espírito para escrever eu costumo escrever né silêncio e tal né tanto botar um silêncio tal e me concentrar mas esse rituais aquela coisa são muito pessoais e você se adapta você se adapta cara você tem que escrever é um profissional você tem que escrever de qualquer maneira tem um amigo meu por exemplo que viaja muito Luiz Eduardo Mata Grande escritor viaja muito e ele tinha que escrever os livros nas viagens e aí Abriu o laptop no meio da do aeroporto escrevia tem gente que faz isso aí você pensa assim pensava né [Música] vai ter que se adaptar se você não tiver outra felizmente né tenho trabalho em casa tem um cômodo que é um escritório né que eu olho do trabalho e aí consigo me concentrar lá e mas cada um tem seu ritual tem gente que por exemplo prefere música botar música outros preferem o silêncio eu prefiro silêncio eu prefiro silêncio você consegue explicar o que que tá se passando na tua cabeça na hora que está escrevendo Tu acredita que essas ideias venham de um outro plano outro vê que é tudo material é tudo Tá tudo na tua cabeça como é que tivesse a parte não eu não acho que isso tudo de outro plano eu acho que você tem que ter aí entra a questão do artista a sensibilidade e para atrelar descrição com sentimentos de que de algo que é literário por exemplo você relato de um policial escreve relato de um cara que encontrou um cara esquartejado ali policial vai escrever um relato frio né Tava esquartejado tava na sarjeta etc né não vai ter nenhuma em tese um relato não tem nenhuma emoção ali né então se não é um texto literário agora eu posso descrever a mesma cena de forma literária né que você pode até escrever um relato mas aí Quais são qual é a tua visão da como é que o policial se sentia ou algum outro personagem que você decide escalar para estar no centro daquela cena o que que ele sentia é em relação a necessariamente que ele vai ter pena daquilo não é isso mas qual é o sentimento que ele tem ao ver aquela cena isso é literatura é literatura ela eu acredito que deveria entrelaçar a descrição de novo com essa com o lado sentimental porque é por isso que a gente quando se faz um livro por exemplo isso é muitas vezes não lembra dos detalhes do livro mas muitas vezes você vai se lembrar dos sentimentos que você teve ao ler o livro então essa memória afetiva se a memória sentimental é a característica da literatura Então eu acho que isso agora é eu não acho que vem de outro plano Pode ser que venha a ideia da crença de cada um né mas a inspiração tu consegue explicar de onde vem a inspiração ela é eu é muito controversa essas coisas da Inspiração né quem é esse profissional não gosta muito tem uma boa frase do escritor que eu não lembro que alguém perguntou você só escreve quando tá esperado ele falou só escrevo quando tô esperado felizmente a inspiração vem todo dia às 9 horas da manhã porque aquela coisa é uma profissão né então você tem que escrever né se você de novo falando dos médicos aí se fosse um médico tivesse lá no plantão chegasse alguém baleado e você fala não vou pegar esse cara que eu tenho que ficar inspirado né tem que fazer não tem jeito eu acho que isso é ela eu acho que isso para mim no meu caso o que ajudou muito foi a carreira que eu tinha antes né Eu sou formado em Jornalismo e aí quando você é jornalista você perde perde esses meninos pega esse medo da página em branco tem que fazer Pronto né E aí o que acontece se falar mas não vai ficar uma [ __ ] de uma cena eu queria que fosse uma cena linda tal né mas eu penso assim calma porque primeira vez que você escreve é você pode reescrever também tem isso né eu reescrevo meus livros umas 20 vezes por exemplo então é a pessoa acha que a primeira vez muitos iniciantes acho que a primeira vez que você escreve aquele texto tem que ser uma coisa Épica tem que ser o melhor texto do mundo que são nunca vai ser aceito por ninguém e aí o cara não faz quando na realidade você tem que fazer e faz e depois conserta eu acho que diferencia aí o profissional do amador é que é o profissional ele olha o texto que na primeira vez sempre fica muito ruim eu acho no meu caso sempre fica horrível E aí tá ruim Beleza então o que que eu posso fazer para melhorar para consertar para reescrever para tornar essa esse capítulo por exemplo melhor né E o amador vai olhar aqui ele vai falar pô ficou ruim não leva jeito chega outra coisa aí não não persiste na história é um conceito que eu tenho né de profissional amador Enfim pelo dicionário profissional que ganha dinheiro com aquilo mas eu tenho esse conceito só não consegue ver o trabalho dessa forma né mas pragmática né E nesse e nesse sentido é essa questão da Inspiração que é polêmica é bacana que a gente falar música Dois profissionais eles arrancam os cabelos quando a pessoa fala inspiração não tem problema nenhum com isso mas eu acho que é uma questão de de você se é se planejar para escrever não acho que tem assim numa luz que vem sabe o que pode ter aspiração na hora de se pensar numa cena numa ideia aí você tem uma luz assim né mas assim se tu se dispor né todo dia 9 da manhã tu vai sentar e vai escrever mesmo que fica uma bosta né meio que tá se abrindo para inspiração poder aparecer né mas é quando ela surge tu sente [ __ ] tá vindo tá vindo porque isso aí a coisa só caminha quando você começa a caminhar não sei se entendeu porque é aquela coisa é um ministrava um curso que nem existe mais seleciona que eu falava primeira aula é escrevam agora sinopse de uma história em três parágrafos tem 15 minutos para fazer isso a galera todo mundo chiava falou mas eu não pensei nada como é que vou escrever uma história já passou dois minutos aqui e o cara tem que fazer e quando ele começa a escrever cara para de mágica a história vai sair né pode não ficar perfeita mas vai sair então enquanto tá conversando no plano das ideias ela tá lá mas ela se sonho edifica quando você começa a escrever talvez no seu show Talvez as piadas talvez sejam assim também não sei eu não tô acreditando né mas acho que Mas eu acredito que você escrever eu já vi o Chico anysionato falando sobre Chico Anysio né Chico Anysio ia para para para casa dele em Petrópolis e ficava escrevendo piada direto e muita coisa ruim né que ele estava falando mas aí você vai peneirando e tal enfim mas você escrever você solidifica aquilo e a medida que você vai escrevendo aí sim a coisa vai engrenando é mágico cara é mágico mágico mesmo no sentido mágico no sentido pragmático não tô falando da questão não pois é o espiritual que você citou né porque a gente sempre chega nessa nessa palavra Tu tem uma mágica uma coisa que a gente não sabe explicar da onde vem quando tu se disponha a escrever ou falar deixa as ideias fluir em uma hora aquela mágica Acontece tem alguma coisa muito interessante nesse trabalho de um artista né fica em aberto para você colocar interpretação que você quiser logicamente né mas é É verdade é essa fica você você vai sentindo a coisa caminhar né na medida que você você vê na página em branco se você não escrever nada vai acontecer né É óbvio E aí realmente é impressionante o começo de um capítulo é mais difícil aí depois você vai pegando pegando ritmo você vai ele vai embora pelo menos eu comigo é assim né esse medo da página em branco ele não é um medo de se provar que você não serve para aquilo no final das contas tem muito isso acho que existe bastante isso né a carreira artística tem demais disso né você muitas vezes as pessoas elas porque se você tá num emprego comum e e alguém o teu chefe ficará te perturbando você pode sempre reclamar do Chefe né a culpa dele a culpa é de alguém eu não tô num emprego que eu gosto eu tô fazendo isso tal quando você segue uma carreira que você escolhe né uma carreira artística por exemplo um carregando na literatura você é responsável pelo seu sucesso pelos seus fracassos isso assusta muitas pessoas é óbvio é óbvio que essa é tão clássicos que você falou é tão clássico que até no filme Volta Para o Futuro primeiro o pai do Market McFly né Ele queria ser escritor de ficção científica Será que você lembra desse filme E aí ele fala lá É Ah eu quero ver eu quero ver o que você está escrevendo tal e o pai do marte fala não eu não deixo ninguém Lê o que eu escrevo porque porque tá legal mas se alguém ler e não gostar e dizer que eu não sou bom eu não aguentaria esse tipo de rejeição essa frase precisa de três que ele fala né então você é um conflito clássico do escritor clássico e você vai logicamente você como falei pode fazer escrita terapêutica escreva porque eu gosto na gaveta mas se você quiser ser lido você tem que enfrentar tem que entrar na ringue na arena da de você publicar e colocar a cara tapa faz parte disso né E você vai ser criticado obviamente né vai vão ter pessoas porque vai ter gente sempre vai gostar que não vai e faz parte né mas eu nem se lembra que a minha visão do medo da página em branco é que se o cara escreveu alguma coisa ali e depois ele lê e pensar e concluir que é uma bosta hein ele vai achar que ele é um bosta e aí ele vai ficar mal nossa estava falando uma coisa pessoal né tipo o cara tem medo de a página em branco dá medo porque se eu escrever algo que for ruim eu vou confirmar que eu sou ruim isso Eu não vou conseguir lidar com isso só que eu acho que tem um negócio do artista que é se descolar da arte que tá saindo dele Claro não se identificar com ela é muito relativo Bom e ruim né claro que tem a qualidade mas é existe também você também tem que ter o bom senso né que se você para melhorar mas também existe uma autocrítica também que às vezes o cara é muito autocrítico e também não sabe o lugar tá bom mas ele não sabe o lugar porque ele acha que ele não é bom né também tem uma outra história do Bernard corner o escritor de ficção histórica que ele achava que tudo que eu ia escrever era péssimo E aí ele pegou o livro que ele mais gostava na vida E o que mais gostava na vida de outra não é do autor que ele é do outro cara fã e aí bateu no computador na máquina né aquele capítulo que ele adorava bateu assim ele leu o capítulo que ele bateu uma merda pode falar merda uma merda porque ele começou a ver aquele pela como naquela formatação que era como se fosse dele então ele então ele tava sendo autocrílico demais não é que o texto dele tava ruim ele tá sendo autor então ele usou essa técnica para entender não então eu posso escrever alguma coisa né então tem esses dois polos e a questão você entrar você você entendeu meio termo né você não pode também se achar o máximo porque isso aqui tá ótimo ninguém mexe Nada também não pode se achar tão ruim também né E para isso é importante você escrever você reler talvez você né no caso para você ter um distanciamento você tem um distanciamento né da do texto né De certa forma né quando você tá vendo quando você relé no computador depois você imprime ele é amanhã acreditou o mínimo de distanciamento para você poder jogar também e você é contar com leitores Beta né que a gente chama que são amigos que podem ler mais para frente fazer uma leitura crítica né Faz parte disso né então é quando eu tô te falando o caminho é tão fácil assim né Quanto tem todo esse etapas né como é que funciona muito alto crítico ou tu é mais confiante na tua arte duas coisas né mas é confiante sim mas sempre eu eu nunca escrevi e eu acho que nunca vou escrever um livro perfeito né porque eu acho que o dia que perfeito vou parar de escrever porque eu acho que o desafio de melhorar né de superar é o que me leva adiante né esse desafio Então o dia que eu escrever um texto falar isso aqui tá perfeito aí vai ser o dia que eu vou parar de escrever então o que me move esse desafio eu trabalho por exemplo um capítulo por semana e quando eu tô te falando segunda-feira acho que vai ficar pula e óleo horroroso mas esse processo a partir de admitir que tá horrível é é ruim tu lida de boa tu fica maluco aqui ele impulsiona porque é o desafio de melhorar é que tem muita gente que acha ruim e aquilo era traumático para ele é um É uma sensação muito ruim pra tia de boa consegue admitir que tá ruim sem sem se punir por isso cara nem para porque para você pensar não vou me punir eu vou ficar não vou dormir e tal tem que fazer não tem muito né Eu trabalho com prazo né a editora ela ela como ela sabe que eu sou disciplinada ela não me perturba muito ela não cobra muito mas eu eu tenho meus prazos né então tem que lançar pelo menos sei lá um livro A cada dois anos um livro cada um no meio um livro A cada um ano por aí a cada ano por aí e aí eu tenho que trabalhar não tem jeito cara então tem que botar a banda na rua tem que não dá para ficar sem perder muita noite de sono não sabe mas antes de ser profissional como é que tu lidava com essas emoções eu não tinha uma cobrança assim de publicar né então eu não me preocupava tanto também porque eu achava que eu era uma escrita como eu falei acho que terapêutica né não tinha compromisso de publicar nem nada e era uma diversão né mais o problema é assim Mas a questão toda quando você escreve por diversão é que você como eu tô te falando você um compromisso de chegar no final né de encerrar um ciclo né E aí você como eu falei para no meio né então não nunca foi traumático para mim assim né É na traumático mas existe um processo de angústia isso sim tem angústia é trauma assim mas existe um acho que escrever é um pouco angústia versus prazer angústia de você é ver aquilo é talvez isso que seja falando que você falou traumático né não é que eu fiquei terá um negócio longo prazo né então talvez por isso que eu não tenho exagero no longo prazo mas angústia tem você olhar assim você fica angustiada né pô nunca vou conseguir escrever isso mas aí tem aí você trabalha e aí tem prazer quando você consegue né consegue consertar aquele problema resolver aquele problema né é que é muito difícil conseguir implementar uma disciplina fria assim com uma arte que tá sendo de dentro de você mesmo né é difícil ter você identificar com que tá saindo e achar que aquilo ali representa se aquilo ali tá ruim eu também sou ruim então tu tem que criar uma disciplina acima de tudo isso para ignorar todo esse sentimento se conseguir escrever até o final é isso É sim É [Música] eu sempre Miro final né eu penso nos meus leitores penso eu tento mentalizar o livro Pronto né Eu entendo o livro Como algo que vai ficar aí para para sempre né Depois que eu morrer não que meus livros sejam assim tipo memoráveis nesse sentido mas assim é uma coisa que você tá deixando para o mundo né Eu acho é o registro da humanidade Claro claro eu tive essa sensação o último lugar que eu trabalhei como jornalista a gente trabalhava num negócio de internet e tal você tá no ombro de nada mas a gente trabalhava muito cara aí quando projeto lá né os caras literalmente fechar a chave lá do Servidor tudo que a gente tinha feito por quatro anos acabou delete a gente tinha dado o sangue a vida ali por aquelas matérias aquelas reportagens que a gente tinha feito tal enfim vamos entrar nesse mérito E aí cara eu falei pô tudo isso por nada né cara tipo não foi por nada porque você a vida é uma jornada a gente conhece pessoas pelo caminho e tal né porque não é por nada né mas enfim e aí a literatura eu encontrando a literatura uma maneira de deixar mensagem e também não acho que tem que deixar uma mensagem para o mundo no sentido mas é uma maneira de você deixar uma simples contribuição ali né Então isso que eu aí eu Miro esse final sabe eu Miro final eu vou encerrar aqui eu vou ter essa essa história concluída sabe é penso nas pessoas como eu falei penso nas pessoas que leem também né é a gente não tô falando no meu caso cara mas assim os Escritores em geral eles têm muito feedback cara de gente que tá em depressão por exemplo sabe cara não tô dizendo que eu escrevo para essas pessoas mas assim é isso me emociona demais assim sabe pessoas que tão mal aí de repente encontrou um refúgio no livro sabe artista em geral acho que talvez tenham essa experiência talvez pelo seu pelo seu pelo seu jeito acho que talvez tem passado por isso em alguma situação e tal então É isso me emociona muito cara sabe tipo então é não que eu escrevo lá para as pessoas que estejam mal que nem quero que ninguém esteja mal logicamente mas eu penso em encerrar um livro para poder ter uma obra para se apresentada para que isso sirva para alguém de certa forma o cara vai aprender nada mas assim que sirva com momento de entretenimento de diversão você falou aí mundo além tal eu nunca fui um cara religioso então Eu muitas vezes que eu tava triste na adolescência eu recorria um livro um filme encontrava ali um apoio alguma coisa que Talvez possa ajudar outras pessoas né então é aí você tem que assim como os seus personagens eles qualquer personagem precisa ter uma motivação o escritor também precisa encontrar sua própria motivação para você ir adiante e encerrar aquele trabalho e eu tenho essa motivação encerrar um trabalho né fazer com levar isso para as pessoas que elas possam ter um momento de entretenimento descansar ali enfim eu acho que aí você tendo um final ali né você consegue avançar aí né acho que isso durante o teu processo de se tu disse que tu se propõe escrever um capítulo por semana né Eu tenho seguido essa esse método padrão essa disciplina assim quando senta ali para para escrever as ideias que estão saindo ali Elas estão vendo de outro lugar tipo tomou banho pensou alguma coisa anotou e aconteceu para escrever teu organismo ou todo o teu processo criativo acontece na hora que tu senta para escrever tem um roteiro né trabalha com roteiro Então tá tudo pronto antes mas isso não me alivia a barra não alivia minha barra não porque mesmo sabendo que vai acontecer no Capítulo como vai acontecer Exatamente é na hora é na hora é na hora e aí tem coisas probleminhas aí de como é que exatamente você coloca aquela cena aquela situação aquele personagem né que você só vai ver ali e você é muito engraçado de ter falado porque realmente é o banho é uma hora que todo mundo fala que é que o artista do banho muita ideia no banho é cara é engraçado isso não precisa consertar desligado das coisas lá tal não sei qual o motivo é dizem porque você tá fazendo movimento automático que a gente já sabe fazer é muito tempo que é ali pra cabeça pro corpo tal e você já tava automatizado então atualmente desliga ela não tá conscientemente tomando banho né E aí quando ela desliga lá ela entra nesse outro estado que as ideias elas fluem melhor porque mesmo que uma ideia não faz sentido ela vai aceitar naquela hora porque tu não tá julgando nada entendeu Essa explicação que os cara dão né pô não sei se a explicação ela ela verdadeira mas o resultado é esse bizarro que é verdade demais cara eu gasto muito gás lá em casa mesmo sabe é verdade ele no meio da tarde né que eu tô escrevendo eu tô com problema não vou tomar uma água e tal cara vou tomar um banho e aí eu sei que eu vou resolver o problema do bar cara engraçado tipo você vem aquela que eu tô dizendo o roteiro eu tenho Mas de repente uma uma um jeitinho certo de colocar aquilo tal não precisa ser pensado na hora né então é você tinha perguntado dessa coisa das ideias né onde é que elas vem ela é como eu tenho um roteiro antes eu já tô me preparando já me preparo é pro que vem né então assim eu sei que é semana por exemplo não nessa semana mas uma semana x Eu tô uma parte do Livro onde que tem uma cena de jantar por exemplo tem uma intriga palaciana tal e na próxima vai ter uma batalha uma batalha campal por exemplo E aí eu já já me preparo né Já tô acabando de escrever um capítulo e já tô pensando no outro né no outro Capítulo lá que vai acontecer e e às vezes estamos preparando assim no sentido Por exemplo não é que eu vou ficar podemos escrever um livro sobre império romano não que eu vou ficar vidrado só vendo aquilo coisa sobre aquilo Mas de repente eu posso lá no almoço ligar uma série Roma ou de repente ler um livro sobre o assunto não que eu preciso ficar restrito a isso mas eu fico já antenado daí já sei do que que em relação aquilo que tá Por Vir entendeu então você tem que estar por isso que quando eu tô escrevendo um livro eu fico muito concentrado mesmo às vezes não sai muito e tal para ficar concentrado não só porque a gente não pode perder o fio da meada eu acho que por isso que é bom escrever todo dia eu diria ser uma dica que tem assim é escrever todo dia Independente se planejar não planejar escrever todo dia para você não perder o ritmo escrever muito ritmo né está falando de um romance por exemplo que é uma narrativa longa é uma maratona Às vezes você leva um ano escrevendo ou mais então você tem que ter um ritmo ali e manter aquele ritmo separa um mês assim cara eu acho um pouco complicado não que você não possa voltar mas eu acho mais complicado é o músculo né é o músculo que tem que se manter afiado né todos os dias escrever uma uma cena onde tu relata acontecimentos é mais fácil do que escrever um diálogo um diálogo é mais desafiador eu achava que isso existia mas isso depende muito da eu achava por exemplo que ela chega de diálogo era mais fácil né mas é não é cara isso depende muito da situação a gente tem diálogos são difíceis que você não sai que não sai né ou cenas de batalha que você acha que vai ser difícil e você consegue consegue escrever descrever Então para mim acho que hoje não tem tanto padrão assim pelo menos na minha a concepção tem Claro que vai ter gente que pode dar resposta diferente né mas é eu não sei cara eu eu acho para mim isso depende muitíssimo da não sei da situação ali né Tem como eu tô te falando tem diálogo que são fácil você pode entender assim ah mas escrevendo ela deve ser super difícil de escrevendo descrevendo ela né dos caras lutando aí pulam tal como é que você vai escrever isso mas às vezes é mais fácil às vezes então realmente eu não sei cara isso mas eu imaginei que leigo na área né que um diálogo seria mais difícil porque tem que ter as duas personalidades dos dois personagens na tua cabeça ou três ou quatro né ponto no ponto certo para ir saindo do Diálogo como ele aconteceria na vida real então É mas nem que esses exercícios intelectual de ter várias personalidades dentro de você mesmo fosse mais complicado do que descrever uma cena acontecendo acho que isso depende muito da conexão que tá tendo com aqueles personagens né e são entre eles também por mais que eu tô te falando por mais que você tenha esse roteiro pronto muitas vezes personagens desenvolvem relações e se desenvolve de forma que você não controla tanto isso que eu quero entender como assim entrou controla tanto se é tu que tá escrevendo porque é você começa Você pode ter uma explicação aí né sobrenatural e tal você pode entender também que você vai entendendo que pela circunstâncias o personagem acaba respondendo essa circunstâncias você porque escrever a semelhança você tem que fazer algo que que faça sentido sei lá entra sei lá sei lá um assassino sei lá como é que a gente vai responder isso vamos correr vão atacar isso você vai isso é uma coisa que vai acontecer na hora ninguém sabe como é que a gente vai reagir e a partir dessa circunstâncias o personagem vai se desenvolvendo também E aí partir daquilo Você tem uma um padrão para montar as próximas reações dele entendeu é meio complicado assim mas tô tentando falar como como eu penso como eu faço ele vai evoluindo também então você vai observando o padrão do personagem né de repente se um diálogo ele vai responder sim ou não mas às vezes ele tem que responder sim mas ele responde um sim de uma maneira um pouco particular você começa a entender como ele funciona na narrativa como é que como é que é como é que como é que seria legal que se ele funcionasse naquela narrativa entendeu então é isso você vai desenvolvendo também o personagem é demais dessa maneira né então ele também cria um pouco dessa dessa personalidade própria eu não sei se eu te respondi mas porque também nossa um pouco etéreo não lance um pouco que também não tem muita resposta né E aí repousa Fala bonito aí repouso O Mistério da arte também parece que ele tem vida própria o personagem e tu tá a Mercedes pensativas essas coisas sobrenaturais também né você pensa que tem muita gente que acha que quando o cara baixa o santo assim baixa não tô querendo obviamente cada um tem a sua tem gente que de um lado psicológico né entende que quando o cara tem aquela incorporação ele tá na verdade é verdade não está segundo essas pessoas é se fechando é fechando a personalidade dele e abrindo uma um determinado arquétipo na mente e aí ele tá fechando para aquilo ele tá abrindo tá abrindo um arquétipo enfim é do mentor por exemplo ele vai entrar ele como mentor e tal e é ele mas ele tá incorporando aquele aquela personalidade e não é necessariamente uma entidade tem gente que ver dessa forma né então da mesma maneira né você acaba incorporando ali Esses arquétipos às vezes até estereótipos ali de personagem né E aí incorporação ele e ele age sozinho nesse sentido né não sei muito mais como racionalizar isso talvez não tenha muito essa uma coisa racional para falar técnica né tem que praticando né Tu costuma entrar no chamado estado de Flow frequentemente nessa tua disciplina de escrever um capítulo por semana ou isso é raro para ti tá de flor seria o quê Tipo aquele que também percebe mas que tá ali que tu tu e a arte vira uma coisa só e daqui a pouco passa três horas para ti era 10 minutos sabe se você já ouviu falar desse não não desliga né Obviamente você que eu tô ali mas muitas vezes né tem é eu como eu falei trabalha com o Capítulo dos cursos então eu consigo terminar um capítulo de maçã do capítulo um dia né mas pode acontecer quando você tá muito concentrado né quando é uma é uma cena que você tá um clima que por exemplo isso é legal também quando você chega no clima história você também tá emocionado se emociona também porque você viu aquele personagem aquele protagonista seguir por toda aquela jornada e você chega no final você tá no clima que essa história com ele né então existe esse processo de emoção também né de você fica emocionado eu acho mas acho que já aconteceu comigo sim acho que às vezes você pede a hora e vai escrevendo e tem tem cenas pesadas ou triste demais que tu não consegue fazer tem que dar um tempo tem que parar já aconteceu contigo já aconteceu eu tento não colocar coisas muito gráficas assim mas é tem tem cenas né Por exemplo tem um dos livros meus que é o Anjos da Morte que se passa ao longo do século 20 aí tem um personagem que visita todas as todas as guerras do século 20 tal então tem questões assim mais humanas e tal foi um livro que foi pesado de escrever mas é mas também por outro lado você tem que entender que aquilo ali é ficção também né então é você se envolve mas também precisa entender que e também tem uma separação né você não pode também entender que aqueles trazer os traumas do personagem para vocês isso aí é eu acho que eu sei fazer essa separação bem né mas tem artista que não consegue né Principalmente ator é mais difícil conseguir fazer Será que depois ele não tem uma técnica pra desligar escolas diferentes aí mas essa que eu vi ela falava que não tem que trazer mais pessoais pra pra história não dá para fazer isso porque aí você começa a mexer coisas dentro você vai ficar tudo complexada com um monte de coisa né eu tento trabalhar dessa forma também são duas visões de como acessar esse sentimento né Tem uma escola que diz que lembrar de algum trauma mesmo E outra escola disse que tu já tem os dentro de você mesmo e você consegue acessar acho que é mais ou menos a parada do arquétipo ali que todo mundo tem eles dentro e a gente consegue acessar de vez em quando né Acho que esse mesmo lance é eu acho que talvez eu concordo mais com ela né a preparação preparadora de artistas ela falou uma vez eu acho que não lembro quem foi disso você não trazer esses traumas que aí você mexe em coisas que você vê né cara eu não eu não misturo muito essas coisas não eu consigo separar bem Como é que é o nome do livro que tu falou agora é o anjo da morte é o anjo da morte é o segundo filho do Eden enfim depois eu posso explicar melhor que é esse livro que se passa na no século 20 né é um personagem que é um anjo ele é mandado para a terra para viver todas as guerras do século 20 estar nessas guerras para apresentar relatórios para o seu superiores que são anjos que ficam no céu né nessa história é o terceiro da realidade ele ele separa o céu né o mundo físico espiritual se engrossou né ficou mais difícil de você enxergar a terra então eles mandam esse anjo para fazer os relatórios né ele vai vivendo as guerras do século 20 como soldado tudo e foi um livro muito emocional porque começando a guerra mundial depois vai para Vietnã Guerra Fria tudo personagens termina na queda do muro de Berlim e vivendo todo essas coisas do século 20 mas ele sabe que ele é o que ele não é aquele soldado que ele tá ali agora ele sabe claro claro claro Sim ele é um anjo mesmo né um querubim umas Guerreiro nesse livro que ele é mandado para a terra ele sabe ele tem que apresentar os seus relatórios para o seu superiores e tal ele vai vivendo ali né ele tem que ele vai na guerra para dizer o que tá quantas pessoas estão morrendo tal para mandar para não só quando as pessoas estão morrendo mas como é que os seres humanos se comportam como é que enfim tudo né que ele pode enxergar ao redor né esse livro tem alguma moral por trás não não trabalho muito com essa questão de moral não assim é não não vejo dessa maneira é um livro mais é mais sobre esse personagem que ele acaba ficando mais melancólico é a medida que vai o século 20 vai avançando nele também vai tendo uma visão mais decadente do mundo tal e é para mostrar mesmo né Não só a história da humanidade como atrelar isso a própria sentimento do personagem que a gente falou no início né tem que ter atrelar a uma coisa mais mas não não não acho que eu tenho essa condição assim de deixar um grande ensinamento nem nada não não é não é minha a minha perspectiva não sabe é que me parece mas ser uma crítica ao que a humanidade fez isso não tá na tua cabeça quando tu escreve você pode entender dessa forma também né mas eu acho que o instrutor tem que ser um pouco isento ali não acho né enfim Cada um na sua mas [Música] só para dar um outro exemplo sem querer necessariamente mas nesse livro no santo guerreiro né fala sobre o império romano e ele tem várias personagens Diferentes né com visões diferentes né Tem cristãos por exemplo tem filósofos que são ateus tem gente de outra religiões religiões politeístas cada um tem uma visão E aí a pessoa pergunta para naquele personagem fez uma faz uma tal crítica Então é isso que está querendo criticar não não tô querendo criticar eu tô colocando a visão do personagem né que seja minha porque se você entender que tudo que o personagem pensa faz é uma visão minha pô você nunca vai poder fazer um vilão por exemplo né você vai ser criticado porque você um vilão deu um soco no outro cara agressivo não cara isso aí é uma história tem um vilão tem personagem bons maus ou personagens cinzentos mas que tomam atitudes boas e mais né então não eu tento eu deixo essas conclusões né que seja não seja uma crise eu deixo essa conclusões eu acho que é melhor se você cravar eu acho se você cravar assim olha eu sou o autor e essa visão correta sobre minha história eu acho que isso deixa ele particularmente talvez fazendo aquilo acontecendo uma breve polêmica Talvez isso é não seja tão arte vira uma coisa técnica porque eu acho que a arte ela admite interpretação qualquer arte na sua literatura Então você falar essa aqui é a única visão possível que a minha Pô eu acho não sei acho que perde muito a obra com isso Tu acha que a parte da função da arte é justamente causar essa confusão e cada um de felicidade de uma maneira reflexão reflexão Acho que sim Acho que sim Acho que isso ficou barato acho que é um pouco de confusão também cara que causa na humanidade de forma geral um exemplo se uma mesma arte consegue ser interpretada de inúmeras maneiras diferentes por cada indivíduo ela não acaba trazer Nossa confusão e a sociedade acaba discutindo entre si o que eu achei aquilo x e o quanto o cara falou achei Y venda de fora tu vê uma grande confusão acontecendo com algumas Artes que são jogadas para a sociedade né mas é essa é o objetivo da sociedade precisa discutir e a discussão ela é positiva Eu acho você aprende muito discutindo e tendo visões Diferentes né então é a história como é que aquela história do acho que é um mito algum país africano que tá no Joseph Campos eu falava muito sobre isso que é um autor tem aquela história de um dos aldeias um no meio tinha uma uma estrada e aí passou um cara com um chapéu verde e outro com chapéu um chapéu Verde assim e aí o cara passou e aí o aí o cara passou e aí o cara deu uma aldeia que tava de um lado falou você viu aquele cara com chapéu verde aí o cara da outra Aldeia falou olha é eu vi ele tava com chapéu azul não espera aí eu vi acabou de passar na minha frente está com chapéu Verde não cara eu também vi na minha frente o cara passando o chapéu azul que história é essa Eu vi cara tá aqui aí eles começaram a brigar as aldeias começa a entrar em guerra e aí ela eles são levados diante Diante do Rei e aquela briga né E aí estão prestes a enfim as coisas irem para para viajar de fato e aparece um cara que é um Deus palhaço por isso que os deuses palhaços Joker né são importantes na mitologia e aparece e mostra que um chapéu dividido né do lado daquela Aldeia era um chapéu era Verde e do lado dessa Aldeia aqui era azul Então os cara realmente viram aquilo só que sobre sobre olhares diferentes mas eles viram mesmo eles viram a verdade né só que eles não tinham capacidade de enxergar a verdade do outro lado tava presos na sua Aldeia que eles não tinha capacidade de enxergar a verdade do outro lado e aí o Deus fala sempre Desculpa é que eu sou eu sou um Deus palhaço e essa é minha função na verdade então é E aí não viram Vocês precisam enxergar também a visão do outro sobre sobre aquela história Então é eu acho que a discussão ela faz parte você tentar entender né E você é isso Você tem uma visão sobre alguma coisa sobre a arte que você falou eu tenho uma outra posso até mesmo mas é interessante porque esse Deus palhaço ele ele quis causar essa confusão é eles na mitologia né esses Deuses como eu falei palhaço e tal eles têm essa coisa de quebrar a seriedade para mostrar que eles não raro eles andam do lado do Herói e eles eles até zoam um herói né para que ele veja que ele não é tudo aquilo no fundo né Isso me lembrou também é também que não teve Aquela Velha História né também na velha história do César né o César Júlio César entrando em Roma para o triunfo né e o triunfo é uma festa que se faz em Roma que você é você era Deus por um dia os Generais eram Deuses por um dia porque venceram a batalha então ele entrava todo com aquela todo paramentado tudo e aí o escravo dele ele até botava um escravo mas me adota não sei se aconteceu botava o escravo que os caras ficava falando olha hoje você tá nessa situação mas lembre-se que você apenas mortal né que apesar de todo aquele aquela emoção do momento no fundo é isso né Nós somos Imortais né então que é para quebrar essa Às vezes a tua emoção se acha o máximo né na verdade todo mundo buraco é verdade é essa né então e os deuses palhaços eles também tem essa função Se você pegar por exemplo lá no Matrix o primeiro makers tem aquele Mouse que é um personagem que é esse personagem é um arquétipo de técnicas literárias que você que é esse personagem que vai instigando sabe tipo ele zoava os outros ele falava Pô vocês estão me olhando assim mas na realidade eu sei que todo mundo aí tem o seu problema tem o seu olho para mulher de vermelho então não sou só eu que fico aqui lembra disso [Música] para ele ele era ele tem ele tem esse arquétipo do picare que é um arquétipo desses Deuses jokers aí ele [Música] então eu não lembro da cara dele mas eu lembro dessa cena do da mulher de vermelho se eu lembro claramente na minha na minha memória mas ele era um ele era um ele era um coringa Então ele era um Joker no filme assuma essa não estritamente né mas assume essa capa né E aí quando nesse momento que ele fala né ele é ele fala ele bota a mulher de vermelho e aí o os heróis ali né mais sério fala pô você fica só usando a métrica ele falou Olha eu sei que no fundo vocês também tem esse lado meu só que se eles só não querem falar né então meio que assim né tipo eles eles servem para isso né nas mitologias nas histórias e tal [Música] como mudar para mostrar que existe uma visão além daquela que a pessoa enxerga Né nenhuma visão é absoluta sobre sobre aquilo que sobre aquele sobre aquele assunto né então tô falando isso porque você falou sobre discussão aí de da arte né de cada um interpretar de uma maneira diferente né então eu enxergo a arte como esse grande Joker qualquer arte enxergar porque ela confunde as pessoas e às vezes aponta coisas que elas estavam sentindo não sabiam elas estão escondendo elas mesmas eu acho que uma boa arte ela ela tá lá do lado com esse com esse Deus palhaço Aí sim ela serve para instigar talvez ia Chorão eu não vim pra me explicar o negócio assim existe um pouco assim né ela e também causar né e a própria discussão sobre o que que é arte la é complexa isso já levou confusões viu é coisa né de que que é arte também enfim eu também não tem resposta então puxei uma discussão que eu nem vou conseguir desenvolver a resposta que tu acha que é verdadeiro ou tu não tenha nem a tua própria resposta deixa eu ver é polêmico né eu eu como eu falei né Acho que funciona se elas forem interpretativas se você puder tiver um sentimento envolvido não sei cara não não pensei numa definição assim sabe tipo você não pensa muito sobre o que que é arte o que que eu tô fazendo aqui tu só faz a parada eu tô sacana que esse é o teu perfil Mas que que eu tô fazendo aqui o que você diz na terra está falando escreveu o livro né essa coisa de encerrar né Tem uma fazer um trabalho legal né levar o livro As pessoas levar um entretenimentos pessoais sim eu acho né tem um objetivo motivação e tu disse no início da conversa que ele demorou uns quantos anos para publicar o primeiro livro que ele escreveu demorou um tempão né acabei em 2005 em 2007 saiu pelo independente pelo Jovem Nerd depois em 2010 né pela editora e começou a escrever em 2003 é muito tempo o que que te motivou te levou a esperar tanto tempo ter tanta paciência para conseguir ingressar nessa profissão e eu livro publicado eu acho que a paciência é persistência né é paciência também mas persistência de você a máquina que você faz assim eu tinha escrito Batalha do Apocalipse que foi um primeiro livro mas eu acabei de escrever Fui tentar mandar para as editoras não aceitaram no começo tá tem uma história longa aí é mais nesse meio tempo continue escrevendo outras coisas porque mesmo que eu não vivesse disso é algo que eu vou sempre fazer iria sempre fazer né você não vivesse disso é porque algo que eu amo fazer né escrever algo que eu sempre adorei fazer primeira coisa que eu escrevi foi aos seis anos né então sempre gostei disso então existe essa questão da paciência mas também a persistência e levando aquilo porque eu ia acabar escrevendo de qualquer maneira né eu não ia desistir né nesse sentido mas é eu acho que é isso né a persistência é importante também porque a gente falou até no início a questão de pessoas que são muito imediatistas largam aquela tua aquela tua história ou Largo aquele objetivo porque não conseguiu um sucesso imediato Você tem gente que acha que por exemplo que você publicar um livro conseguir uma editora uma grande Editora cara não adianta a editora te publicar se você não tiver leitores Acho que mais importante você conseguir leitores e seus leitores você conseguem não é com contrato de Vitória o leitor você consegue aos poucos né como falam trilhar no caminho que a gente falou nisso que vai ser um caminho que não posso te dizer qual é o caminho que você vai encontrar de falar com as pessoas de mostrar os seus livros Neurocentro pessoal né E por aí vai né Eu acho é como é que foi o teu esse teu início aí o jovem Nerd foi o grande foi que ajudou bastante e aí a gente tinha um livro escritores não queriam publicar o livro não se interessava pelo livro A gente publicou pela pela merda Store na época era um blog a gente publicou pela internet ela tava começando a lojinha deles uma loja que era loja do blog né E eles queriam um produto único né porque eles vendem camiseta né mas queria artístico lá um livro que a galera Lia muito né os Nerds sempre gostaram muito de ler e aí um produto próprio né um livro próprio que eles pudessem lançar exclusivo e a gente não sou livre por lá aí foi um sucesso lá no começo a gente conseguiu reunir os primeiros leitores lá até os primeiros feedbacks para mim foi excelente cara porque na realidade é eu comecei a ter uma relação com os leitores até em doses homeopáticas Às vezes o cara estoura na internet por exemplo hoje em dia e aí ele tem poder muito hate né ele não sabe o que fazer com tanto Régis também tem muita Lover né e na época foi no começo foi aos poucos né Então tinha gente gostava tinha gente que não gostava tinha gente que criticava tinha gente que retiava e você vai aprendendo a lidar os pouquinhos né eu nunca tive assim um como dizer assim um viral é um viral assim né eu nem acho que isso seja bom acho que as coisas elas se sustentam quando elas sobem devagar aos pouquinhos porque aí você vai né conquistando aquele teu público né absorvendo Cada degrau é exatamente né então comigo foi isso a gente nossa pelo Jovem Nerd 2007 tu tu era convidado do jovem nerd do podcast participava às vezes como é que era isso é participava bastante né a gente eu fui acho que o primeiro que eu participei foi talvez a galera no chat Vai consultar é um Nerdcast do Google Google meu pastor nada me não sei se consegue acho que é o 13 14 [Música] vai aparecer Google meu pastor nada me faltará Nerdcast mas ele se chamaram para participar porque tu era só amigo deles e aquela época eles estavam conversando também né [Música] 17 de maio de 2006 tempo para diabo tá não tá abrindo não tá abrindo não apareceu Salmo 23 O Senhor é meu pastor é o site tá tá aí entrou aqui o pessoal tá vendo 2006 13 foi o primeiro que eu participei e depois fizemos no mesmo dia um sobre um sobre a corda na época foi literalmente Fundo de Quintal porque a gente foi lá para esses dois programas a gente gravou na na casa do azal né tinha uma casa na Barra no Rio e foi legal porque ela não Quintal do fundo mesmo [Música] e lá a gente sempre fez muito por Skype né Google mas na época tinha às vezes era presencial era só áudio e tal então a gente botava um microfone aqui pegava tudo pegava o ambiente inteiro tipo sabe quando você investe no microfone sabe você consegue botar no diamante que dava para fazer isso os fonezinhos de ouvido eles gravavam também agora USB aquela cartela P2 eu acho que era assim né você conseguia inverter E aí botava um negócio assim e tal e aí eu eu sempre fui amigo deles E aí no aí a gente gravava os programas eu sempre gravo os néticas de história né e gosto muito de história tudo e aí o foi isso aí eles leram os livros leram o livro o primeiro livro Batalha do Apocalipse gostaram muito antes dele ter a loja Eles gostava muito da história né E aí foi isso aí quando quando teve a lojinha ele fala vamos vender o teu livro já que a gente gosta tudo aí ele lançaram o livro junto ao podcast junto tudo podcast né que foi aí fodeu podcast 80 né Acho que achou 80 A Batalha do Apocalipse Quem quiser aí viver uma jornada nostálgica de volta 2007 E aí o público do jovem nerd gostava de ti também porque eu tava envolvido ali e Aí essa primeira venda do teu livro deu certo como é que foi deu certo Deu certo depois a gente fez outra tiragem mas a galera gostava né Assim E Não só gostava como [Música] acreditava muito nervosos que eles falavam e e foi realmente do coração que a gente fez o programa que a gente fez sobre o Batalha do Apocalipse que esse meu primeiro livro e falaram muito bem do livro tal porque eles não é porque era propaganda era propaganda também mas porque eles realmente adoraram um livro né E aí galera se empolgou também comprou Aí foi a primeira tiragem né precisamos tirar outra tiragem em 2009 aí que o livro foi para a editora né Então até então tava sendo rejeitado pela pelas editoras E aí eles eles que deram esse pontapé para começar a tua carreira como escritor para poder viver disso mesmo foi por meio da dessa lançamento independente né que eu falo o essa questão cara que eu tô dizendo é a pessoa fala assim pô mas eu não como escritor se eu não consegui uma editora e eu digo que você pode também fazer publicações Independentes na minha época não tinha nem tinham não tinha crau de fã de hoje em dia tem tanta ferramenta para você fazer a publicação independente porque aí você o que aconteceu comigo foi isso a gente fez a publicação independente e aí quando o livro tava bem a gente tinha lançado três tiragens do livro aí que a editora que tinha me recusado eu ia falar comigo pô ele tá fazendo sucesso vem para editora e tal aí eu tinha mais poder de barganha né foi negociar Mais é claro mas vai em frente né Tudo bem que eu tô falando a gente tinha um podcast mas assim hoje em dia cara é qualquer um faz a sua carreira na internet sua carreira você mesmo fez sua carreira não foi do dia para noite o sucesso que você tenha um sucesso que também não no primeiro programa não tinha você foi aos poucos conquistando hoje é um produto todo mundo confia em você você tem credibilidade isso foi sendo isso foi sendo construído né então é isso é engraçado que a minha história também ela ela aconteceu por causa dos podcast né eu não Comecei tão tão cedo assim enquanto o jovem Nerd né mas eu comecei em 2012 a fazer podcast e graças ao meu podcast pessoal lá que eu tenho sozinho é que hoje eu faço tudo que eu faço né era uma mídia que a gente nem imaginava onde que ia dar né e a gente começou a fazer lá vocês muito antes do que eu mas aquilo lá já mostrou lá em 2006 2007 que ia ser uma parada muito forte porque tu conseguiu começar a tua carreira Graças essa divulgação que tinha nesse nicho desse podcast até a treta né de que não era um preço chamado podcast eu não gosto por mim eu chutava essas câmeras tudo aqui fazia só áudio não gosto do vídeo não porque é étimologicamente claro que não tem problema nenhum áudio mas étimologicamente falando o tempo podcast é eu tenho um broadcast né transmissão né larga tudo que a televisão tudo e o broadcast seria a podcast seria transmissão para iPod que era essencialmente o som né então daí que veio podcast então etimologicamente falando é mais correto ser chamar o podcast de áudio mas cara isso aí é relevante né você pensar bem sim então é mas aí então o começo era áudio também por causa por causa da banda que não tinha não tinha banda larga né E também acho que tinha uma coisa muito de rádio de ser um programa de rádio e não um programa de TV por causa em 2006 era internet de escada praticamente até mais que era mais fácil de produzir né Bota o microfone ali a gente grava faz uma MP3 do que tem que editar o vídeo e sincronizar e tal né É no caso é sim mas é É verdade mas o pessoal onde estava onde estava o áudio né também então é verdade era editado né eu lembro disso já eu sempre fui editado já até brincava né que que eu eu acho que hoje eu acho que eles não não gostam eles não editar né porque na época a gente brincava também falava que não editar o áudio enfim considerar isso né fazer de casa não é complicado né toca o interfone e aí eu acho melhor como é que fala lá embaixo obra passa o carro mas é aí era áudio e era e era basicamente na época minha internet Inclusive era de escada tinha que baixar o mp3 né aplicativos Spotify não existia isso de botar no MP4 players o assunto saltou da literatura podcast né Vamos lá eu acho que hoje podcasts no caso em áudio eles é eles vingaram porque por causa esse time foi muito importante o time é dos players de portáteis tinha um MP3 Player MP4 porque a primeira vez que eu escutei é o Nerdcast antes de ficar já tinha uns 40 minutos tal Eu falei cara nunca vai dar certo isso cara eu falava assim porque quem vai ficar 40 minutos escutando um som no computador né porque eu não tinha o player E aí acabou que os Players ficaram né tinha um iPod mas o iPod era caro né até hoje é caro e a pessoa usava um Player coisa assim sim E acabou que esse esse tempo de uma hora 50 minutos hoje em dia eu acho que tem mais enfim varia Acabou cara se encaixando com timer todo que é o timer de você que você tem no mercado esses esses players você tem é o tempo do deslocamento Urbano que o cara entrava na no ônibus e tal e escutando trabalho para faculdade é uma hora uma hora é o tempo de você tá malhando ou tá correndo e tal então cara eu me sinto até fica aí até para posteridade aqui no seu no seu programa essa minha minha me sinto culpado até hoje por ter falado Pô não vai dar certo isso cara porque 50 minutos é muito cara quem que vai ficar no computador mas não era para ficar no computador era era da mobilidade chegando e ela tava enxergando isso entendeu então é claro que hoje é diferente hoje eu tô falando de hoje Tô falando daquele momento histórico né naquela época eu lembro que eu botava o esse MP3 Player ele parecia um pen drive né tirava uma capinha e colocava no computador e jogava as músicas nele ali que tu queria ouvir durante o dia e também podia botar um podcast se quisesse né eu usava para ouvir música é músicas podcast e tal pode ficar assim logicamente em áudio né E era contadinho né podia botar sei lá 128 Mega Não era nem gigaram poucas MP3 que eu conseguia botar ali que vinham os iPad né pode falar da propaganda era essa [ __ ] minha música e era [ __ ] porque tipo eu que tinha que escolher as músicas que eu ouvi naquele dia né Não podia botar todas as minhas músicas ali aí chegavam jogava de algumas chegava em casa tinha que deletar ela e por uma nova que eu queria ouvir no lugar né mas tem um glamour ou época né o glamour e a praticidade eles são inimigos né então a praticidade de você fazer o que você quiser Mas também tinha um glamour chegar em casa até botar o negócio por exemplo voltando mais aí no tempo você vinil por exemplo o glamour que você tinha que ser comprava vinil não era prático você comprava vinil colocava ali na vitrola vitrola E aí você abriu o encarte acompanhava as músicas parava então o glamour ele é inimigo da praticidade nesse ponto eles são inversamente proporcionais Então você também tinha essa coisa tinha pouca música Era legal né Eu lembro com saudade né acho que hoje não é tão legal ter todas as músicas possíveis no celular não fico perdido acho que isso até deve influenciar na mente da pessoa ter tanta opção assim não deve ser saudável né acho que assim cara eu lembro que quando eu comprava eu não peguei o vinho mas eu peguei o CD o CD era mais ou menos na mesma experiência né chegava em casa botava no CD player pegava o encarte e ficava lendo as letras enquanto você ia tocando e se fosse ruim eu ouvia até o final tinha essa parada também de aturar se tivesse ruim porque era um negócio especial né que tu queria aproveitar cada segundo daquele negócio hoje tudo é descartável já proceder é uma mídia Até onde eu sei talvez você possa me corrigir é uma mídia é muito mais perecível que o vinil né qualidade dele ela deixar um vinil 50 anos um CD ou cd vai se destruir né O que fazia era era o descoleizer né era o discurso do Futuro tinha até um mentiroso lá no colégio que a mentira clássica dele né que ele que ele lembro do disk bem você botava de escolher era como se fosse um disco laser começou a falar mas ele era negócio de laser sim tava passando em cima né eu lembro disso que ele foi assaltado tava correndo na lagoa na no Rio de Janeiro eu tava com chique também né e tal e ele foi assaltado o cara pegou uma para saltar ele ele apertou Jack to play ao mesmo tempo saiu um raio laser assim matou o cara mentiroso clássico lá do colégio que eu tinha aqui eu tinha que gravar do da estação de rádio as músicas que eu queria ouvir então eu tinha ficado Jovem Pan sei lá aí ficava lá quando eu começar a música eu creio que eu queria ouvir mais vezes eu botava reggae E aí tinha que parar de gravar na hora que terminar eu fazia isso também eu tinha um microscista eram dois né porque você poderia fazer mixagens num outro um outra fita né sim eu ligava muito pra rádio ela eu quero tal música era impossível falar com a ralha não é sim pendurado na linha duas horas eu queria aquela música do Tiger do Rock 3 sabe aí eu liguei assim falei Caraca liguei aí eu falei pô eu eu só queria saber por favor qual é o disco que tem a música Rock 3 a música do Rock 3 eu quero responder o disco 3 eu fiquei assim choque falei cara essa resposta obrigado até hoje cara que eu fiquei Achei que o cara ia falar tudo né eu ligava para ouvir Mamonas eu ligava para para Jovem Pan para pedir a Robocop Gay versão ao vivo porque eu tinha o CD mas não tinha aprendido uma vez eu fui uma vez eu lembro uma vez que eu consegui falar com a moça que aí eu pedi a música que tinha outra coisa melhor pedir a música e ficava ouvindo a programação Até Tocar quando tá chegando já e ficava vendo e não tocava não tocava duas horas depois tocava música que tinha pedido bons tempos tudo isso na internet mas não tinha o amor ai toda aquela coisa né vamos ver se tem as perguntas da galera aí tem pergunta em áudio aqui para você colocar o fone né espera um pouquinho vai vamos lá para o áudio do André Boa tarde a todos eu gostaria de perguntar o Dudu como manter um ritmo de escrita constante e não acabar se perdendo em bloqueio criativo e tudo mais abraço boa posso responder a galera da Live é exatamente isso para não se perder do bloqueio criativo recomendaria fazer o roteiro né o roteiro da história antes de começar você sabe tudo que tá acontecendo começa até o fim da história né E para não perder o ritmo literalmente isso você escrever todo dia tenta escrever todo dia mesmo que não saia como você quer mas tenta escrever um parágrafo que seja duas parágrafos eu acho que é E aí você quando eu tô te falando Existem várias técnicas literárias mas acho que vários autores concordam com isso de que nesse ponto de escrever todo dia é essencial porque você não perde o fio da meada você vai se mantendo empolgado com a tua história vai a história fica na cabeça todo dia vamos dizer assim de repente fazer uma pausa no fim de semana eu escrevo todo dia menos domingo Sábado eu faço uma jornal de trabalho reduzida como um trabalho normal né como emprego normal eu acho que com isso você consegue Ah mas eu não tô com ideia não tô conseguindo cara mesmo que você fique duas horas em frente ao computador escreva só um parágrafo já é lucro eu acho para mim não pode não posso acontecer isso porque eu tenho prazo mas né que perguntou e tal e em relação a o bloqueio criativo é isso né Acho que ajuda muito se você tiver um roteiro eu como eu faço mas Lembrando que isso aí é paredes de varia de escritor para escritor cada artista acaba desenvolvendo a própria técnica né o próprio ritual por exemplo ele acha que isso é um grande besteira que eu tô falando Tem um livro excelente dele fazer propaganda do livro é o sobre a escrita muito bom o livro de Stephen Kim que não é uma ficção é um livro que mistura ele fala como é que é o processo criativo dele mas também é um livro biográfico autobiográfico fala um pouquinho dele e tal era Santíssimo sobre a escrita e lá ele fala do método dele que ele chama método de encontrar um fóssil para ele escrever um livro é como se estivesse cavando algo encontrasse um forte encontrasse a ponta do fósforo E aí você começa a escrever e aí você é como se você tivesse escavando fósforo sem saber o que você vai encontrar embaixo então ele quando começa a jornada escrever um livro ele não sabe o final e para ele funciona eu acho que eu sou muito fã está fun king sobretudo da do desenvolvimento de personagens mas eu acho que talvez por isso alguns finais não sejam tão fechadinhos mas tudo bem não é uma crítica é apenas uma observação não seria a maneira como eu faria mas também existe essa possibilidade né o Bernardo corna como se tem ele anteriormente aqui também ele é um cara que não faz planejamento Jorge Amado por exemplo não planejava na área mas também é o seguinte Aquela Velha História por exemplo não tem como você competir então nós somos realistas Mortais temos que usar essas ferramentas se for um gênio pronto Esse é um gênio você tá com a tua vida ganha já chamado não fazia roteiro segundo ele não revisava os livros não reescrevi os livros quer dizer sabe tipo eu não tenho condição de competir com ele então tem que usar minhas ferramentas né se o foram gêmeos sim mas se não for é utilizar essas ferramentas que estão na nossa disposição quem te considera o melhor escritor brasileiro brasileiro eu tenho que eu gostaria de citar na verdade eu não sei se é o melhor cara mas eu preciso citar o um dos melhores Sem dúvida José louzeiros José Loureiro talvez você não vai lembrar José louzeiro foi um escritor muito famoso dos anos 70 ele foi o meu porque eu tenho que citar ele ele foi trabalhar ele é muito bom é o meu mestre né de escrita né eu fiz um curso com ele escrever então devo muito a ele ele escreveu por exemplo da Agonia escreveu Pixote o roteiro do filme agora numa por que que eu titubeei quando você falou isso aqui é o seguinte é para mim eu citarei o Machado de Assis mas mas qual é a grande questão aí eu acho que a gente tem esse chamar de complexo de vira-lata tudo que é brasileiro não foi o teu caso não tá sem treta mas tudo que a brasileira a gente a gente é pensa assim o cara é um excelente escritor então ele é um ótimo brasileiro assim Machado de Assis cara a chave de Assis já viveu cara brasileiro entendeu tudo que é brasileiro por mais que seja excelente Não foi nesse sentido mas tô já falando a gente tende a restringir o Brasil Cara eu acho isso bizarro sabe tipo Charles dicas Ah é um clássico de temperatura universal Shakespeare é um clássico Eletro Universal Machado brasileira negativa negativo mas a decisão clássica Universal você pode criar porque em português nem tantas pessoas leram mas eu nem tenho essa estatística do supondo Machado de Assis como leram a chave de quem está mas pô mas a qualidade cara pô do que o machado fez é indiscutível cara indiscutível então assim eu eu diria Machado de Assis Mas eu só quero fazer essa ressalva eu acho que ele é uma questão porque Quais são as características dele que te leva o sentimento né assim aquela coisa que a gente falou no início lembra que eu comecei falando aquilo é isso esse sentimento e é o que ele trabalha não é só uma narrativa não É só escrever uma história é você trabalhar você se sentir na pele daqueles personagens ali né Tem um corte de um fácil de encontrar é um conto chamado pai contra mãe cara que a história de um cara que na época Ele viveu aquela época né um cara que é uma história de um caçador de escravos cara [ __ ] como é que você vai retratar um cara desse que é um monstro né cara ele Leia um conto que é angustiante cara né não é a Machado de Assis participando para isso não é essa questão mas é a visão do cara né e sentimentos conflitantes dele e cara isso é Machado de Assis né procurem né então é um ótimo exemplar e a gente tem um monte de escritor né é clássico assim né Fonseca né e muitos outros Novos Mas é eu só queria te responder mas queria fazer essa ressalva porque a gente tem essa essa coisa né de né O que é de fora é universal para nossa é Brasileiro né vamos ver mais uma aí até a próxima pergunta aqui que é do é intenso na verdade é do JP Silva é escritora JP escritório independente o universo RPG influenciou de alguma forma na sua produção literária abraço normalmente cara totalmente para mim o RPG foi uma é até hoje um laboratório né para a escrita Mas eu sempre faço essa reserva de que você não precisa jogar RPG para escrever né porque se fosse assim pessoas falamas então para escrever uma fantasia eu tenho que jogar RPG não né senão antes de repente ninguém escrevia Então faça essa ressalva mas para mim RPG e ele ajudou muito porque o RPG você pensa numa história e você vai demorar tempo para escrever você vai entregar para os amigos lerem para o pai para mãe ler tal e que ele vai demorar mais 15 dias que seja RPG é uma maneira de você aplicar a sua história na hora sexta-feira à noite galera vem aqui para casa tal tem uma ideia para uma história Vamos jogar aí se aplica a história ali louco te dá te dar a visão de conflito por exemplo te ensina a as famosas curvas dramáticas que toda história tem que ter fica uma curva dramática é a toda história é assim ela é tensão de extensão né como você pegasse um arco né E aí atirasse depois outro só trabalhar com intenção vai ter uma hora que você não vai aguentar mais ler por mais que seja empolgante lutando sem pastas botar chato já né ou nada acontece por 100 páginas atenção não é não é luta física mas assim é o conflito se apresentando para que você resolva aquele conflito né então a o RPG te dá essa essa vivência de prova dramática no sentido de que você vê aquilo isso é [ __ ] cara porque a narrativa é isso né como eu falei coisas dramáticas e você vê no jogo da mesa lá então por exemplo você tá narrando uma história e de repente você vê que as pessoas Os jogadores estão entediados começa lá a fazer Torrinha de dado lá ou começa a mexer no celular hoje em dia na época no celular e tal e aí você vê que a própria mesa tá pedindo atenção assim como leitor pediria uma atenção você entende aí você tem que colocar nem que não teria planejado tem um ataque dos orkes aí depois você entende depois você vê como é que se encaixa e tal ou então no caso tô falando no caso de um RPG clássico como citando o tráfico tudo né pode ser uma não precisa ser uma atenção física né pode ser uma atenção psicológica Mas enfim então RPG ele te dá essa visão de curva dramática você também pode roubar os personagens para essas histórias ser você tem um personagem tem alguns livros melhores que eu estoura joguei na mesa e aí o meu irmão por exemplo Thiago O Rex famoso Rex aí Ele criava personagens e eu pegava esse personagens e o personagem dele lá e coloquei no Meus Livros né copiando a maneira como ele agiria né então também você pode fazer essa esse roubo aí no bom sentido né de personagens mas é importante lembrar que são mídias diferentes não é literatura não é RPG e a Galera eu acho que muita gente que joga e quer ser escritor quer escrever confunde muito acha que é só você relatar o que se passou na mesa de jogo que você vai ter um bom livro tem nada a ver você pode usar como é como laboratório mas a literatura tem outro ritmo é você tem que em geral é bom que você na mesa de jogo cada personagem é um protagonista né é bom você Legião protagonista né Você pode ter vários Mas aí você ele geralmente não protagonista por exemplo Master né Jorge Martin tem trabalha com vários núcleos né uma série civil Mas eles são protagonistas Mas eles estão núcleos diferentes aí você vê que acontece com dois protagonistas se juntam dá ruim porque eles brigam com atenção do leitor e aí começa ali uma um conflito de protagonismo não dá muito certo esse encontro tem que ser calculado ele não pode acontecer Talvez possa acontecer em algum momento né mas tem que ser muito bem calculado e é melhor você eleger um protagonista Né É complicado é complicado isso mesmo né mas é Então essas coisas Todas têm que não é você transpor o RPG para literatura a literatura Ultra mídia né aqui enfim é diferente eu acho isso mas me ajudou muito ainda me ajuda ainda consigo jogar às vezes para escrever um livro tu estuda algo sobre o comportamento humano psicologia humana para entender tudo isso e por que que dois protagonistas disputam a atenção do cérebro humano esse tipo de característica de um bom livro tem esse estudo de Psicologia assim mais técnico eu não sei se eu estudei assim mas isso tudo pela própria literatura que está acrediterárias te dão essas pistas né mas não sei racionalizar em termos assim talvez um psicólogo para te falar melhor você não não sei se não é psicologia afundo assim para te responder mas me interessa muito né tanto me interessa que para mim os melhores viaturas que já viveu foi o Stanley Clube que é um diretor que era isso era natureza humana ele trabalhava com a natureza humana O Mistério da natureza humana né então é sempre facionou muito nessa essa questão né de como é que como é que o ser humano lida com certas situações e tal né mais Tecnicamente não sabia te dar uma resposta técnica na tua escrita tu não usa esse estudo aprofundado sobre o comportamento humano só para complementar eu acho que a gente tem que para respeitar a Vera semelhança a gente tem que entender realmente como é que um personagem aquelas situações reagiria a uma um episódio por exemplo uma situação né essa reação tem que ser velocímetro né se você tiver falando por exemplo mesmo que você tá falando uma história de fantasia né com um cara que enfim é super poderoso como é que ele agiria naquela situação enfim é isso né você para ser velocirante tem que pensar como é que seria a reação né O que me levou por exemplo a questão da ficção histórica foi essa coisa incrível cara como é que seria como é que seria assim se você pudesse voltar no tempo e você fosse falar com pastor de ovelhas na Palestina 2 milhões atrás como é como é que você parasse como é que seria a cabeça desse cara isso que me fascina entendeu claro que você tem que estudar aí você estuda é a história né como é que era como é que é a vida você tenta entender como é que a vida daquele né que envolve Qual o cenário que envolve e no núcleo de tudo isso porque tem a capa chamada capa cultural né e no centro da capa cultural tem a natureza humana Então como é que a natureza humana ela tome fazendo entender como é que a natureza humana ela reage também a capa cultural Então existe uma natureza humana comum citando novamente Joseph Campbell que é um autor que eu gosto muito é um estudioso de Mitos americanos já falecidos e outros livros máscaras de Deus ele fala muito isso na natureza humana que ela é Ela é basicamente igual né para todos os seres humanos no mundo inteiro mas as reações humanas mudam muitas muitas vezes por causa dessa capa cultural né que aí varia sua de acordo com a sociedade né A forma como fascinante ela se expressa vai mudando de acordo com o contexto né sim sim mas o que o que muda essa capa cultural que é uma loucura porque aí o que que vem primeiro o ovo ou a galinha né venha a natureza humana vem a cultura que ele está sem dúvida [Música] então por exemplo você vê por exemplo que a um pigmento por exemplo que mora na floresta ele tem uma ele tem uma um sentido de dimensão muito diferente do do sujeito que mora numa planície por exemplo né O que molda essa capa cultural é um universo está inserido cenário Onde você está inserido o mundo que você está inserido e aquilo ali responde isso né essa resposta segundo o câmbio né o ambiente material mesmo é o clima se chove se tá calor Claro claro se você por exemplo for estudar por exemplo a história do islamismo por exemplo você vê como é que a história da religião da responde claro que existem islâmicos no mundo inteiro mas história da religião ela responde também ao ambiente desertico né um ambiente de viagens um ambiente a construção das mesquitas por exemplo se lava o pé para entrar e tem é tapetado sabe tipo responde também até a mesma cultura cara religião é uma cultura tão ali lado a lado né então é logicamente necessidades que você tem né de você povos por exemplo os povos são mais belicos porque eles são maus às vezes não é porque quer dizer não é na verdade mas é porque os Vikings por exemplo né uma situação que tinha várias tribos próximas né e havia guerras entre as tribos e você tinha um inverno muito rigoroso que você precisava estocar portanto você desenvolveu toda uma tecnologia em volta disso é precisavam expandir para o Supra quando não vai entrar aqui também que eu nem sou especialista em História viva Tô só dando Exemplo né história Romana eu posso falar um pouquinho mais uma história vi que passou tudo dando exemplo para dizer que isso Responde às necessidades da daquelas pessoas e com um cenário que as envolve né com o ambiente que desenvolve o teu foco de de conhecimento histórico que é do período do império romano é isso é porque eu escrevi esses quatro livros de fantasias né A Batalha do Apocalipse os três filhos do Éden E aí sempre gostei muito de da época Romana tal e ela está em alguns livros fantasias e quando eu acabei de escrever o último livro foi para isso perdido O Último Romance eu falei Pô cara me dá um passo à frente desafiar é e escrever uma ficção histórica né que é uma coisa mais próxima a realidade aí fui escolher qual o período histórico que eu mais gosto assim que aí é o período Romano né E aí que não ajudou muito porque é período romano é muito longo né mais de mil anos de história no ocidente é muita coisa no ocidente e aí eu tinha que escolher uma época e aí como se fala muito sobre o período glorioso do Império Romano Júlio César então eles fala muito sobre aquela produt Gladiador que foi o áudio do Império Romano Mas eu vi que se falava pouco sobre a decadência do Império Romano eu acho maneiro cara eu acho que é período escuro ali que é a parte bacana que tem tem fontes mas também tem muito tem muita lacuna para você trabalhar né E aí fui olhar ali naquele recorte da decadência do Império Romano eu descobri que tinha havido uma grande perseguição né A Última Grande perseguição dos cristãos foi 303 foi um episódio basilar da decadista do Império Romano falei para então parece interessante mistura tem religião tem tudo um monte de coisa juntos tal e aí fui olhar nesses Mártires né e o mais interessante deles que eu achei foi São Jorge porque São Jorge ele não só era um militar o que já estou um pouco da nossa imagem de santo como também é um é um ele não só era militar como ele era um guarda pessoal do Imperador e a gente como escritor procura conflito né conflitos internos principalmente Então você imagina como seria esse cara sou um cara que foi martirizado mas ele tinha tudo ele não era ele era o militar ele tava do lado do Imperador cara segura a tradição lá Imperador não queria matá-lo tudo enfim mas isso é só no final da história dele né Tem tudo uma coisa que se Desenrola Então cara tem um personagem incrível posso falar sobre a história do cristianismo posso falar sobre várias religiões posso falar sobre cultura posso falar sobre cara tá tudo acontecendo naquela época as famosas invasões bárbaras que hoje se fala mais imigrações bárbaras no norte porque houve invasões bárbaras né porradaria mesmo que elas é uma coisa que eu retrato no segundo livro do santo guerreiro né que é o pente do Norte teve porcaria mas a penetração dos povos germânicos germânicas para o sul né no caso né Ela nem sempre se deu violentamente ela é louco você pensar por exemplo que é um certo ponto da história o cristianismo é entrou nas tribos bárbaras antes de ter entrado de ter conquistado cara quer conquistado muitos Romanos em algum momento em determinado momento por volta de 400 e pouco por exemplo que depois se passa mas só para você entender tinha germânicos cristãos e romanos que não eram cristãos E aí de repente tinha mais Cristão lá para baixo então é com a identidade de que você ia escolher tá entendendo um negócio então houve batalhas violentas né então você também pode entender como invasões e tal mas é muitos deles é migraram para por exemplo no caso para região da França por exemplo né os Francos que eram povo germânico que deu origem à França né o Carlos Magno era Franco também era um germânico que tava lá enfim foi descendo ali para Alemanha depois França tudo e não necessariamente com lutas né então é disputar esse termo de invasão por causa disso né E então eles foram migrando né e no leste um dos grandes inimigos os os inimigos que assediavam a fronteira Romana pelo Leste e tinha a e tinha as rebeliões provincianas porque quando o império estava começou a se desarticular toda a província falou olha eu quero ser que o emprego tá fraco eu vou ser independente aqui por que que eu tô pagando para esse cara né Tipo se eu que mando as legiões eu que tô comandando porque eu tô pagando porque que eu tô devendo prestar prestando contas ao Imperador tem várias rebeliões presencianas que foram sufocadas depois e tal cara imagina assim muita coisa acontecendo Então assim fascinante né não sei se é um mito mas dizem que o império romano Caiu porque começou a ficar muito grande e muito liberal no sentido de comportamento isso é um mito que a gente ouviu falar ou não é uma o que pode ter certeza que não é uma razão só é uma série de consequências uma série de situações que foram acontecendo ao longo dos anos né existia uma a expansão realmente expandiram muito e depois não conseguiram segurar Os territórios né O que até engraçado cara porque na realidade é esse fim da expansão é ele aconteceu até muito antes né na época do Gladiador filme se deve ter visto né já já eles não estavam mais expandindo o filme tem é curioso né porque no filme dá a entender né que eles estão avançando a linha né quando chega lá o Maximus aquele outro cara tal ele fala uma frase efeito né diz que é as pessoas devem entender quando são conquistadas Então vai entender que eles estão avançando a linha para esmagar os bárbaros mas não era aquilo eram as chamadas guerras marcomanas Marco humanas foi uma tribo também Germânica tal não eles estavam segurando a linha esse cara já tavam avançando né já tinham avançando e eles estavam ali então para você entender que desde aquela época já não ele já não estavam mais expandindo né então já é um império muito grande né E muito é mas tem a questão tem várias questões tem a questão da própria do próprio cristianismo também que que a grande questão central aí porque demora a quem você deve qual a sua identidade você se identifica Claro hoje em dia com os depois a revolução francesa com os estados nacionais tudo isso aí hoje nós temos uma identidade brasileira né no caso do país mas não é porque não tinha esse conceito Então qual é a sua identidade ser um Romano era uma identidade quer dizer ser humano era necessariamente você falar latim você ter um nome romano e você cultuar os Deuses Romanos os deuses né do Panteão Romano isso era o pacote de você ser Romana quando você tem um nome romano fala latim mas começa a cultuar o cristianismo a sua identidade Romana perde uma perna assim compreende né então isso foi acontecendo aí aos poucos esses Pilares são os poucos não foi uma hora para outra esse Pilares que sustentavam sociedade romana foram ruins o próprio nome romano por exemplo né tinha forças auxiliares né que que eram até mais poderosas que as lesões principais que eram germânicas né eram bem algas e tal esses caras nem sempre tinham nomes Romanos só para tomar uma outra ideia entendeu cara e outra coisa que fazia parte da identidade Romana era o Senado romano né Você tem o cenário tem um sistema político ali o que também foi perdendo é força justamente nesse período da decadência né o Imperador começou a se tornar mais absolutista depois do final da crise do terceiro século com o imperador chamado jocleciane descobriu que a maneira de manter Os territórios coesos era saindo de Roma então você acredita que em certo momento do Império Romano a capital não era Roma foi mudado para o leste para nicobética na região na Turquia ele saiu de lá porque sabia que se ele ficasse em Roma ele é tipo acabar que nem o Júlio César era assim né se esmagada né Então as coisas foram acontecendo ao longo do tempo do século então do séculos né Então essa resposta não é uma resposta simples as pessoas muitas vezes gostam de falar né que tem o seu fundo de verdade mas é um conjunto é um pacote de situações que levou a decadência do Império Romano você pode dizer fim do império romano no ocidente depois no Oriente resistiu sobre o nome do império Argentina até o final da idade média enfim aí a gente vai embora na história eu nunca entendi muito bem relação do cristianismo com o império romano porque eu escuto a história de que se perseguia Mas depois foi incorporado depois de um tempo foi incorporada a cultura e foi aceito como é que é como é que é essa história porque o cristianismo conquistou sobretudo os mais pobres primeiro né a massa de escravos na Roma antiga era imensa você tinha muito escravo tanto até que na época Júlio César é não deixaram passar uma lei os cara falaram não vão deixar os escravos todos agora vão se vestir com uma roupa específica né E aí um certo tá maluco cara se tu botar eles vão ter noção de como eles são numerosos acabasse revelando ela falou não todo mundo tá de acordo aqui né Então essa foi a coisa então os escravos era uma classe social é numerosa depois os pobres os plebeus eram e é o cristianismo entrou nesse nesse nicho né Porque só exigia né que você professar essa fé cristã que você se batizasse né enfim e valorizava né o bem-aventurados os humildes né Cristo falou né dizia né Então assim Então conquistou né Essas massas assim mais marginalizadas não sei se tem a palavra né mas nós é no sentido de estar a mais da sociedade não Margem Não criminosa mano sentiu estará mais da sociedade então conquistou ali essa essa turma né E aí tudo bem depois ele começou a penetrar no exército que foi um problema né porque quem você vai onde está atualidade nasceu você é um soldado se eu te mandar aqui para tal lugar enfim capturar tal pessoa você vai obedecer ao imperador ao seu Comandante você vai obedecer o seu bispo por exemplo toda cidade tinha um bispo né e a lealdade das pessoas para a religião para com os bispos crescia Então o que aconteceu é que em determinado momento o poder institucional Romano se chocou com poder institucional da igreja né Não era só uma luta de a não gostar daqueles cristãos e perseguir eles mas o grande problema grande questão é um problema que foi essa foi uma briga de instituição perder poder isso a equipe E aí teve essa esse episódio que o retrato nos livros na verdade Vai Saindo Vai Saindo terceira você perseguição é que aí tem essa perseguição toda e os cristãos muito deles são mortos tal e depois o Imperador começa Constantino que foi o próximo Imperador ali ele é resolve bom já que tá dando treta não faz o seguinte vamos vamos trazer vocês não pode vencer juntos sem eles então trouxe os bispos para dentro da instituição do império então a religião oficial na verdade Minto o Constantino ele é permitiu a liberdade de culto né então do Império Romano Depois teve outro Imperador e só com Teodósio se eu não lembro qual foi 300 e pouquinho não tô lembrando exatamente a data foi que o Cristiane virou a religião oficial do império né porque já que você não podia controlar vamos juntar instituições né Vamos colocar a igreja sobre sobre o aparato do império né então foi basicamente você não podia vencer eles e trouxe né e Curso diluiu muito da própria instituição Romana né mas é esse essa perseguição cara de 303 ela foi importante para isso porque quando houve a primeira parcela com Nero né a história do incêndio de Roma aí botaram a culpa nos cristãos e tal naquela época os cristãos era uma seita pequena depois houve outras perseguições mais em 33 cara quando teve essa grande perseguição na comédia cara já tinha cristãos não só no Exército como em todas as instituições altos funcionários do Império da cristãos então começou a dar um problema então aí o imperador que os perseguiu diocleciano se afastou foi um dos únicos e talvez o único não sei se foi o único mas um dos únicos que se aposentou Imperador se aposentou falou olha não dá mais para mim vou sair fora e aí ele não morreu ele se aposentou ele tinha governado por vários anos diocleciano que foi promoveu essa perseguição ele se afastou e aí Houve uma guerra civil em que prevaleceu Constantino que é um Imperador muito famoso que muitos devem conhecer e tá constituindo grande que no édito de Milão ele é permitiu a liberdade religiosa em todo império e acabou acabaram as perseguições E aí foi o princípio para que a igreja se incorporasse o império romano ele teve a visão assim ele viu Jesus foi a mãe de Jesus que Ele viu lá e mandou pintar os escudos com esse sinal vencerás né signo versus né que ele ele realmente ele viu a segundo né que que conta Eusébio de cesaré que é o biógrafo dele mas ele é um bicho Pois é então aí você vai ter proporções nessa batalha que que foi a batalha que fez dele o Imperador né Foi na ponte miudinha que era uma ponte que ligava ali o tigre né no lado do outro da perto da cidade de Roma é as duas forças se enfrentaram Constantino perdão era o filho de um dos outros imperadores é complicado tinha vários imperadores na época para falar isso eu posso até falar mas é complicado dois Augustus enfim aí uma agência teve essa batalha mas esse foi morto e aí ele tava em desvantagem E aí ele teria visto essa Cruz judicial né que a cruz com cristograma E aí pintou lá uma cruz com enfim Procure aí e aí ele botou nos escudos né ele venceu aí você pode até entender que pode ter acontecido com uma questão de moral né ele observou que aí nossa interpretação observou ali que era um cristãos Vamos aderir o cristianismo com esse signo a gente vai vencer e aí venceu ele prevaleceu como como Imperador agora existe uma disputa né ninguém sabe se ele realmente foi batizado na ocasião você foi batizado no direito de morte ou se ele nunca foi batizado mais esse sabe que ele precisou no governo dele ele dá com essas duas forças né ele precisava agradar antes né do Teodoro quer dizer antes da religião cristã oficial tinha ali né o funcionários cristãos e funcionários pagãos então ele tinha lá que lidar com as duas forças ali né e tal então foi uma história bem interessante Sim qual foi qual foi o último que tava no comando do império quando caiu foi o Rômulo Rômulo Imperador engraçado porque o primeiro rei Romano foi Rômulo e aí o último foi o Rômulo também né mas o Imperador enfim eu sempre que eu tinha eu tinha na minha memória que o Calígula começou a desandar tudo foi com ele que começou a desandar não foi não foi um governo que segundo é o reinado né o Renato quando era rei né mas não é que é segundo conta né e as fontes então um certo cuidado mas era um tinha essa coisa libertinagem né ele ficou meio louco e tal mas é muito jovem também né tem essa coisa né de que teve proclamou o cavalo do Estado Senador acho que proclamou o cavalo Senador não acharam dessa aí mas eu vejo todas essas histórias né eu também com uma certa ceticismo né mas você tem que ver com ceticismo assim quando tem muita muita piada assim muita coisa Às vezes pode ser também né mas o fato é que ele acho que foi assassinado agora não lembro direito que fosse assassinado ele também o cômodos foi o cômodos foi o Imperador do gladiador né que também foi um que chamava no segundo Calígula né um monte deles foram assassinados né Rolou muito assassinato de Imperador sobretudo nessa crise do terceiro século que é que acontece no começo do primeiro livro que é no começo do primeiro livro do santo guerreiro fala sobre essa crise o livro começa no final da crise né ainda a crise está rolando ainda e era um período de anarquia militar né então os imperadores eram proclamados pelo exército E logicamente eles eram mortos aí por isso que o diocleciano que foi que foi que você se mantendo poder por vários anos ele encerrou a crise do terceiro século pode apressar ele tomar essas duas medidas uma delas é mudar a capital de Roma para mim comédia quer dizer foi para o leste então quer dizer ele não tava ali na no centro ali porque Roma além de ter os senadores também tem a famosa guarda pretoriana que se deve ter ouvido falar para pretoriana era a guarda que é pessoal dos imperadores mas na realidade ela era conhecida por leiloa cabeça dos imperadores como elas tinha lá o soldado tinha as armas elas que matavam imperadores e os imperadores né então um foi morrendo atrás do outro com enfim golpes e rebeliões e tal quem mandava era o exército nessa época então nessa época assim foi um período de anarquia militar que foi espírito da crise no terceiro século é muito interessante história Romana e acabou nisso né Mas aí teve de apreciando tal que foi que prevaleceu Depois teve essa perseguição Constantino e tal e aí por aí vai eu lembro do que eu vi aquela série que tem na Netflix dos imperadores de Roma lá são poucos são uns oito história de oito imperadores né era do calibre Eu lembro que era uma loucura né porque era uma chucharia era bebida o cara acordava meio-dia de acordo com a sério né também né Tem um filme lá que é com u Como é que é o nome dele do colégio mecânica cara sabe como é o ator de Laranja Mecânica o mal com o McDonald's dos anos 90 que tinha aqueles a cena inicial é um XVídeos tentando no YouTube esse filme Se não derrubaram ainda tinha no YouTube esse filme Calígula a primeira cena já era uma [ __ ] pornografia eu falo muito dele né do estoicismo que ele era um grande Pensador e tal ele foi o último teve uma sequência nessa época da Ascensão máxima do Império Romano ele vai ser uma sequência de cinco imperadores que foram chamados de cinco bons imperadores que foram onde houve a Pax Romana pais Romana ele se decidiram parar de avançar a linha e manter Os territórios que eles tinham então foi o período de maior expansão do império eles pararam de avançar mas tinha um território grande tal e foi uma época de relativa paz né Então aí eles tinham tempo de ser filósofo essas coisas tal Apesar de que havia guerras logicamente né e o Marco Aurélio É como aparece no filme ele morreu e o filho dele que é o cômodos né é assumiu né tem uma história que o filme coloca o Marco Aurélio como querendo que quem assumir se fosse o mais mais qualificado já fonte históricas falam contrário falam que ele queria que o comandos assumir esse era o filho dele então varia né e é o fato que assumiu o filho dele o cômodos que não era qualificado para o cargo e aí também eh enfim não fez um bom governo E aí foi morto na verdade ele gostava muito isso era verdade ele gostava muito da da das lutas de gladiador da arena tudo né E aí ele fez uma e ele foi morto pelo treinador lá dele de luta Graco Romano lá um atleta estrangulou ele acho que tentaram matar ele várias vezes e tal e essas cosperações né cara então foi isso ele foi ele quebrou a sequência interessante que é com o cômodo ele começou a decadência né Apesar de que a gente tá falando assim eu declínio do império eu falei aí por volta de 200 e pouco mas você tem um ponto máximo lá que é 180 e poucos e aí o Marco Aurélio que se citou é começa a decadência mas um ano depois em tese começa a decadência ainda tinha um território grande mas se não tava mais expandido começa a cair né E aí o como de assumiu tal né E aí enfim a história é longa aí mas tem essa essa questão mas perguntas aí tem um áudio aqui do Fernando Fernando Boa tarde pedrezão Boa tarde canhão Boa tarde Eduardo mais uma deriva aí mais uma pergunta e hoje queria perguntar para ele sobre RPG é de mesa né Óbvio que eu também jogo e eu tava querendo eu tava curioso sobre o sistema de do World of Darkness do vampiro a máscara do dos Caçadores e pô quando é que vai ter aí Um livro desse mundo cara é super interessante é super bem amarrado a história principalmente a origem dos Vampiros não sei se você conhece imagina que sim né mas pô é super super legal aí queria pedir também né tinha que conhecer cara esse mundo RPG também eu acho que ele vai gostar aí poder da Liberdade que você tem que eu acho que para mim com certeza o melhor jogo já já feito que as possibilidades são infinitas né que você pode fazer também queria elogiar do seu trabalho também Eduardo Pô muito maneiro A Batalha do Apocalipse Eu tenho um primo meu que tá vendo também o adesivo aí que curte também essa sua obra entre outras coisas também né que você fez parabéns e eu tô lendo também você falou de começar com livros mais leves mais curtos às vezes né melhor eu já de cara Eu já peguei crime castigo do storievski e meu Deus cara 600 páginas aí tu faz uns dois três meses lendo isso aqui um pouquinho por dia mas é toda a batalha e também ali o notas sobre solo dele eu queria também saber que tipo de qual que é esse gênero que ele escreve que eu não sei direito eu vi que alguém falou que é romance Só que também tem muita filosofia no meio não sei direito o que que é bom muito obrigado isso é tudo boa valeu a gente encontra com clássico né como a gente procura por clássico né mas sei lá cara não sei gênero de livro é uma coisa muito complicada né porque na realidade é mais ou menos para você selecionar nas livrarias né Eu acho que isso não é importante nem pro escritor e nem para o leitor acho que é importante mais pro mercado né então o escritor o leitor para começar ele não fica pensando ah eu vou ler o livro bom livro que alguém te recomende que você goste não importa se fantasia científica você é policial sement stream se é um clássico né e o escritor também não pensa muito assim né de que vai escrever um gênero Apesar de que eu até penso no sentido assim de que a fantasia quando eu escrevia fantasia também né mas agora com ficção histórica você falar que meus livros né de batalha de fantasia me ajudam muito afastar malucos também né aqui muitas vezes o cara falamos isso aqui é real tal é a Bíblia Não cara você é fantasia então você me ajuda bastante também mas enfim eu acho que se encontra na pastilha de clássicos né mas não sei muito não sou especialista em relação ao RPG né cara é o seguinte cara tem um livro na verdade Tu RPG da trilogia Angélica que é o filho do universo expandido ele pode procurar aí na internet tem na Amazon bem simples de encontrar ele é um livro de que mostra o cenários e tal e tem um capítulo que adapta o cenário para RPG né partido das regras Então já existe né e RPG do santo guerreiro pode ser interessante também uma coisa que eu posso pensar para o futuro mas a ideia é bacana boa a próxima Aqui é do Rodrigo é um áudio também vamos lá eu queria saber qual é o mínimo de profundidade que você deve dar um personagem para que ele não seja esse casal para história né o mínimo que você precisa saber de um personagem mesmo que esse essas informações não vão parar na história que que você tem que saber sobre o personagem para que ele não seja descartável né esquecido e tudo mais obrigado aí Cara eu acho que o personagem ele ele tem personagens que são instrumentos né eles estão ali para para orbitar o protagonista ou outros personagens e para ajudar né a construir história mas eu acho que no geral o personagem ele precisa ter quando fala literatura acho que a gente fala muito em conflito então é o conflito não só tá narrativa Qual é o conflito central da narrativa Mas também eu conflito que o personagem tem né Qual o que que move eu acho que a motivação muito importante então motivação e conflito Acho que essas são as duas principais coisas que a gente tem que pensar para construir um personagem que seja minimamente vivo né é um personagem que não tem conflito não tem motivação É acho que é apenas um pedaço de papel vai mais uma aí a próxima É do Vitor ele mandou em texto aqui mesmo você poderia falar sobre a influência que o autor Bernard cornel teve nas suas obras muito influência sobretudo A trilogia santo guerreiro né que pode até fazer o Jabá aí para para chamar a galera para São Paulo e Campinas né hoje aqui posso falar o dia 10 de outubro 2022 tá aí 22 hoje é quinta-feira 22 sábado todos convidados é que estão na Live tudo lá de São Paulo todos os convidados para sessão de autógrafos do Santo guerreiros do Norte me lembro de falar isso também no encerramento circular em São Paulo vai ser sábado agora dia 22 de outubro é na Livraria da Vila da fradir Coutinho às 17 horas sabadão tranquilo horário tranquilo no domingo eu vou para Campinas vou fazer lá o evento na livraria leitura do Parque Dom Pedro às 16 horas no domingo pareço lá ah não quer comprar o livro [ __ ] não quer Beleza aparece lá que vai ter bate-papo a gente vai tampar porque a gente tá tendo aqui então assim vai ser bem maneiro e aí ele vai então na trilogia Santos Guerreiro é foi muito inspirada numa trilogia do Bernardo scorn que fala sobre Rei Arthur que que ele faz nessa trilogia ele pega em Arthur ele é muito conhecido pelas lendas pela mitologia arthurna tinha tudo uma coisa meio lendária né bem lendária fábulas com coisas assim e ele pensa assim pô se o Rei Arthur de fato estivesse existido né o Bernardo seu livro Crônicas de arte ele fala eu já tô de festa tivesse assistido num período histórico como é que seria ele como é que seria o Arthur histórico não é um ator das Lendas né com armaduras brilhantes nem existia aquelas armaduras brilhantes da época como é que seria então ele faz uma trilogia belíssima que a crônica de Arthur é começa com o é o reedu inverno Excalibur inimigo de Deus são os três livros da trilogia eu achei aquilo fascinante cara troço incrível e aí me inspirou justamente para fazer a trilogia santo guerreiro que é a mesma coisa só que é voltado ao personagem São Jorge né que a gente conhece a tradição todo mundo já viu uma imagem do São Jorge e tal mas a gente até pela imagem a gente acha que ele é um personagem medieval Quando você vê aquela armadura do São Jorge é uma armadura medieval beleza eu acho que ainda mais quem venera a imagem quem tem fé perfeito acho que o que importa é o símbolo né mas na verdade São Jorge não foi um cavaleiro medieval foi um oficial do exército Você conhece a verdadeira história de São Jorge quer dizer naquele contexto Romano mesmo né então aí que foi a morte né Para que eu prescreveu o A trilogia Santo guerreira então foi muito inspirada no que o Bernardo fez lá com o Rei Arthur biladeiro grande figura aqui do programa só para agradecer mesmo Dudu pelo pela literatura que ele fez pelos livros pela Batalha do Apocalipse que foi o livro que me estercou no mundo da leitura e me fazer cair de cabeça e vê que leitura é um bagulho muito mais divertido que a escola normalmente ensina então desde já agradeço sucesso [Música] não sou eu né mas é muito emocionante todo escritor passa por isso em algum momento que é o leitor falar assim pô cara você é o seu livro me levou a leitura não tô nem me vangloriando tô dizendo que isso é uma coisa que escritores vivem né No momento que um leitor vai chegar e vai falar pô cara e você formou um leitor Cara isso aí é não tem preço né então só achei muito bacana o comentário dele É próximo aqui é do Davi Ele mandou Boa tarde pessoal Eduardo queria que você falasse um pouco sobre a obra do Stephen King Como você explica o sucesso e a generalidade dele e como ele influencia o seu trabalho influencia muito na prosa né acha prosa dele muito boa ele é um mestre em desenvolver personagens né criar mistérios e tudo eu acho o cara fera né para mim apesar de ser clichê Eu acho que o melhor livro dele é um iluminado cara é muito legal e tem toda uma questão de você pegar o iluminado e comparar com filme né o livro filme tal e as duas obras são o máximo cara é o máximo Então está fun king ele ele é um grande escritor ele escreve assim Acho que eu desse gêneros né ele inverte letras ele teve que criar um pseudônimo para continuar publicando o livro sabe essa história não Richard backman era a pessoa do ônibus dele que ele escreveu tanto cara você vai achar engraçado essa história que eu tava saturando o Mercado Dois meses senhora falou cara não pode ter tanto livro né mas ele tinha livro que ele lançar então ele queria um pseudônimo para lançar chamado Richard backman só que ele foi garoteou porque é um dos livros que ele escreveu como Richard backman era um livro é que a era uma outra visão sobre a mesma história que já tinha escrito tem um livro chamado desespero é um livro enfim os cara chega numa cidade tem uma entidade na cidade e aí escreveu muito tempo que eu não vou lembrar o nome que a mesma história sobre as perspectiva de outro personagem E não aquele protagonista daquela história Eu sei assim que o Richard backmann Ele se rendeu Ele disse que bacana morreu de câncer [Risadas] vai mais uma questão aí Luiz Felipe Luiz Felipe Boa tarde turma boa tarde Petry Boa tarde Caio Boa tarde Eduardo para você na sua visão na sua opinião Quais são os livros talvez não sei top 3 top 5 Talvez um é que você considera essencial para uma pessoa que quer ser um escritor quer ser um litrato boa cara top assim que tem alguns né então vamos falar assim já que eu não vou falar de romance né vou falar de alguns livros aí de técnicas literárias Então você tem por exemplo a o livro excelente né que tem no Brasil que é o escrever ficção [Música] Assis Brasil Professor Luiz Antônio Assis Brasil que é um professor que ensinou Muita muitos escritores tem uma oficina na faculdade da boca de Porto Alegre Luiz Antônio Assis Brasil eu tenho um livro para quem não pode fazer o curso chama escrever ficção tem é um livro chamado da jornada do escritor que a que é um livro que fala sobre essa jornada de herói que a gente fala muito monumento Christopher vogler ele faz uma normatização do mito do câmbio e para algo prático para escrita né Então pega todas as etapas ali que o herói passaria Ali pela pela sua jornada e cria uma um sistema prático para você aplicar isso nas histórias suas histórias Top né histórias populares e tal livros e tal então É ficção a jornada do escritor tem o próprio sobrescritor King um excelente livro técnico literária você tem também é do Robert Matias Apesar de que é Apesar de que ele é sobre roteiro né mas é muito bom também que é o Story tudo está em português Robert Store também é apesar de ser roteiro de cinema é um excelente livro aí tem alguns outros que aí eu não vou citar porque são inglês é difícil de encontrar tem uma série só tem inglês chama right Fiction todos eles são muito bons especialmente o de diálogo chamada Glória Campbell se encontra consegue pedir lá fora na Amazon por cento quase r$ 200 né Cada livro caro mas acho que pode pegar no kinder tudo só que só inglês né então tem umas coisas aí também são mas é não sei se foi exatamente isso que ele perguntou de técnico literário eu recomendaria isso essa foi a pergunta do Dário também que mandou ali embaixo já foi respondida e eu pedi para o Gabriel vem se mandar um outro áudio né 30 segundos Porque uma mão de três minutos aí é brincadeira né o que eu do Espera aí vai para o próximo aí para o Ícaro beleza [Música] todo mundo junto há muito tempo desde os Nerdcast de história que ele participa os mini pós do telegram Enfim tudo meu velho eu queria chamar uma dúvida com você tá eu gosto muito de escrever porém eu escrevo pouco e quando eu escrevo eu ainda tenho um problema sério de satisfação com um texto que eu produzo por exemplo em 2018 eu escrevi um conto de terror que eu gostei muito você para vários amigos que gostaram validaram porém sempre que eu revisito esse texto eu acho que tá uma merda e muda um bocado de coisa então não consigo eu nunca consigo acessar um estado de Plenitude contexto que eu faço Então sempre que eu revisitou sempre acho que tá ruim sempre corrigir alguma coisa eu queria saber se isso tem alguma espécie de cura se é uma falta de prática minha se algo que eu tenho que mudar em minha cabeça se você já passou por isso entendeu porque isso realmente me incomoda porque no fim eu nunca tenho sensação de que tá pronto eu sensação de cada definitiva entendeu isso aí abraço a todos vocês excelente dia boa vamos lá cara eu recomendaria ele a jamais revisitar um texto eu acho que quando você encerra uma obra ela tá encerrada eu penso muito nisso né eu sei que tem autores inclusive que reescreve os seus livros Eu não sou adepto desse tipo de prática porque eu acho que aquele texto aquele trabalho ele também tá ligado a momento da sua vida né então acho que o que acontece eu sempre quando acaba esteve um livro eu não acho que o livro tá perfeito não consigo chega nem obra perfeita só que eu tenho um prazo para entregar o que que eu faço eu conserto que eu posso consertar entrego Não tá perfeito e eu utilizo essa experiência que eu tive para fazer melhor na próxima então eu acho que eu esqueci o nome dele essa coisa cara de você voltar aquele texto eu acho muito prejudicial eu acho posso tá errado tudo que eu falo aqui é o que eu acho tá eu acho prejudicial Cara eu acho que você esquece o que foi que passou passou né Eu acabei de falar eu falei mais cedo né que eu tenho lá uma porrada de livro lá um baú que eu fico embaixo assim que que são livros antigos em espiral cara aquilo ali Serviu de prática de experiência não vou pegar aqueles livros e escrever né então cara esse teu conta aí que você escreveu de terror ficou ruim beleza escreve outro do zero escreve o outro é eu acho que a galera tem muito agora fica muito assim de que esse essas minhas histórias elas Elas têm que ser perfeitas e que eu vou lançar um livro que vai revolucionar qualquer coisa Não cara é claro que você não pode também enfim se nivelar por baixo você tem que ter qualidade tem que trabalhar e tudo mas e cara eu eu não revisitaria nenhum texto sabe eu recomendarei Ele que ficou achou a obra ruim já está encerrada né você acabou de fazer o teu conto escreve outro Beleza deixa aquele lá aquele tá ruim mas beleza por todo mundo escreve coisa ruim mas especialmente Eu já escrevi muita porcaria eu acho que é isso que eu que eu aí você tira essa angústia cara usa essa angústia para começar do zero e trabalhar melhor com uma outra obra manda o áudio do Guilherme ali fala pessoal Fala Eduardo tudo certo queria saber do Eduardo aí com base na experiência dele quais as dicas ele daria para um escritor amador que tá tentando começar a levar mais a série esse trampo como que ele começa a monetizar o trabalho dele seja pelas redes sociais tentar entrar de forma mais tradicional no mercado enfim Quais as melhores dicas e ideias que ele poderia dar aí um escritor amador acho que é isso valeu Se focar no conteúdo né Foi o que eu falei se você não tiver um bom livro não adianta Então se focar no conteúdo tentar fazer a melhor coisa que você puder é melhor trabalho que você puder em relação a divulgação também o que vai falar vai aparecer um pouco frustrante mas eu já falei que não tem um caminho igual né você tem que pensar Qual é o qual a minha experiência eu me sentia vontade na internet e se tiver vontade gravando podcast falando com as pessoas sempre gostei de redes sociais sempre gostaria de redes sociais no caminho foi por aí de repente dele vai ser outro né mas é você eu acho que nesse contato com os leitores escutar também os leitores do que eles têm a dizer se a pessoa separar o jogo do jogo do Trigo também né e em relação à escrita em si é enfim poderíamos falar muito aqui só sobre isso mas acho que o principal como eu falei tem uma um trabalho mas ler muito escrever muito né tem que tem gente que escritores que não gostam de ler por exemplo né não leem muito acho que isso não faz sentido porque você tem que entender Qual é o pensar literário né porque senão você Ah eu gosto muito de jogar videogame que é maravilhoso e aí beleza porque você não escreve um roteiro de videogame se você só não joga vídeo game não lê e quer escrever um livro de literatura você vai ter um conflito de mídia você não vai saber como escrever aquela história Construir aquela história tal então se você quiser ser um escritor no sentido literário na institutor de ficção de romance e tal de contos você tem que eu acho que ler muito né e escrever muito praticar praticar tanto a leitura quanto à escrita isso é o básico então vocês são de uma resposta para ele aí ele vai falar pode pensar podre não respondeu Eu Fiquei frustrado mas é a frustração cara não tem palavra mágica esse que é o grande coisa você tem que tatear né Se eu te falar pô faça isso você vai fazer e vai se dar mal porque porque assim por exemplo em termos de divulgação né porque não é Eu por exemplo sou um cara muito tímido cara sabe tipo de tentar falar com as pessoas né aproximar e tal e então cada um tem o seu jeito sabe cara então realmente não existe palavra mágica muito trabalho muita prática é [ __ ] pena que esse que eu posso dizer assim vamos pegar as últimas que entraram ali para encaminhar pro final as mais recentes isso Alison é um áudio [Música] Boa tarde Caio Boa tarde Artur Boa tarde Eduardo cara minha questão é sobre um elemento que Eduardo utilizando os livros dele que após a morte de uma pessoa o espírito dela se tornava mais forte caso ela fosse lembrada cultuada entendeu fosse uma pessoa influente eu queria saber de onde ele tirou essa ideia se ele se inspirou em alguma coisa se ele viu isso em algum lugar ou se foi só observando como pessoas que já se foram como Óbvio Jesus Cristo os grandes tiranos da história da humanidade muitas pessoas que não estão mais entre nós músicos também artistas como essas pessoas influenciam o mundo mesmo muitos anos após a morte dela eu queria saber como que ele chegou nisso aí como que ele pensou nisso entendeu que que tem por trás disso boa em relação a teologia Angélica né que a Batalha do Apocalipse A trilogia filhos do Éden é muito da minha inspiração veio dos padrinhos divertidos da magia eu lia muito isso na adolescência muito era muito influenciada e o samba fala muito sobre isso né fala muito sobre Estação das Brumas é uma um quadrinho excelente né que fala justamente sobre essa essa personificação não só dos Deuses como de Ídolos né marilymore Por exemplo vira uma entidade né Deus os americanos que é um livro do gama também fala demais sobre isso então acho que ele depois mas então vem a superação vendo principalmente não só do new game mas principalmente do cérebro né E também ainda da RPG no RPG tem muitos muitos fala muito sobre isso também em alguns jogos e tal né fala muito sobre essa questão mas é basicamente essa inspiração aí é de vários quadrinhos que eu li na minha adolescência ué mais uma aí próxima do Gabriel que mandou o áudio de 3 minutos ele reduziu fez um corte grande lá Foi mal a minha pergunta Resumindo ali né O que que ele tá lendo de literatura fantástica hoje em dia qual os atores ele recomenda de literatura fantástica e tudo mais era só isso boa nesse momento eu não tô lendo nada de criatura Fantástico tô lendo dois livros É eu tô lendo o Trópico de Câncer né e tô acabando de ler os Tony Hand que é do Bernardo [Música] de literatura fantástica atualmente não mas são os que eu tô lendo agora que são livros muito bons inclusive os Tony Range é ele é um livro do córnea né que ele é fala sobre como ter essa construção daquela daquela aquele monumento que tem lá né bem interessante o tráfico de câncer é um livro mais chamada literatura fala sobre o Hair Miller daquela galera do do do Reino é do fritzgerald né aquela turma lá dos anos 20 que chamamos de geração perdida dos anos 20 é muito interessante essa questão que é Os anos 20 foi após a primeira guerra mundial esse artistas todos se encontrava em Paris e tal e de um sentimento de que é a guerra a guerra primeira guerra mundial ela foi em termos sociais mais impactantes do que a segunda né porque ela destruiu muitas estruturas sociais né que tinha lá basta pensar que antes da primeira guerra mundial era uma estrutura vitoriana né aquela coisa dos Reis rainhas né princesas e merigar mundial foi o fim dos grandes impérios Apesar de que o império britânico ainda continuou Mas então tem essa geração é uma geração perdida os anos loucos vem e tal e é tudo em Paris ali a chamada literatura é bem diferente de qualquer coisa de fantasia e o Story Hand é isso mas eu não tenho nada de fantasia agora não tem a última do Cássio Cardoso para encerrar em um áudio também os livros ambos com sua criatividade em áreas diferentes queria saber de vocês dois aí que vocês acham que tem em comum e diferenças entre a escrita dos dois a gente pode parar pensar aí tem um cara que escreve livro O cara que escreve tudo então vocês acham aí entre a escrita de vocês pontos de inspiração a estrutura em comum e diferente entre o trabalho de vocês Bom como eu já falei muito você começa pô é que eu não tenho um processo de escrita de sentar e bater no teclado ali o que funciona para mim é pensar numa premissa e subir no palco e tentar fazer ela começar a falar e ver o que que acontece Vê se tem alguma coisa interessante mesmo você não escreve nada não se inscreva no máximo o uma palavra um um tema assim vai lembrar de tudo é eu nem sei onde que eu vou chegar é meio que aquele negócio que tu falou do do cara que encontra o fóssil é meio que isso sim e também no meu podcast sozinho que eu tenho que eu falo sozinho eu desenvolvo muita coisa ali que eu saio falando aleatoriamente as palavras as ideias e Vou juntando pontos daqui a pouco eu encontro uma coisa [ __ ] isso aqui é interessante aí eu vou pro palco e tento desenvolver mas todo o meu texto que eu faço hoje eu não escrevi ele papel né no computador eu fui fazendo no palco e fui montando na minha cabeça e agora ele tá na minha cabeça [Música] um cara que faz muito isso é o de Alien né eles escreveria piadas e depois é filmes roteiros de filmes tal mas acho engraçado porque ele muitos dos personagens dele inclusive tava falando dos anos 20 vou até citar o meia-noite em Paris que é um dos filmes mais cérebros do diário que é o escritor também era um grande roteirista tudo mas ele vai para Paris porque ele quer escrever um livro e ele não consegue escrever um livro Ah mas o roteiro eu consigo escrever mas o livro é diferente né eu fico pensando talvez que seja grande diferença claro que o roteiro de um filme por exemplo é bom na sua especialista Mas claro que tem que ter um sentimento tem que ter emoção mas muito dos Sentimentos emoção de um filme é colocado pela interpretação do ator pela maneira como diretor filma pela trilha sonora o texto ele não necessariamente precisa em claro precisa colocar emoção pela pelos diálogos ali né as frases tem que ser emocionantes mas a prosa do caso do romance Enfim uma ficção de romance de conto o texto ali né que fora o diálogo né ele precisa imprimir como voltar ao princípio né Precisa ter essa questão do sentimento né E por talvez precisa tão difícil né você escrever algo que te toque e aí não tem resposta tá pensando essa resposta [Música] nos astros né em Deus e tal né é justamente esse negócio de se eu escrever uma ideia que eu tive ela ela não ela não bate direito eu não sinto ela porque ela ficou ela ficou presa num forma ali na tela uma frase que não é não sei se é exatamente isso por isso que no caso da comédia eu acho mais legal eu estar no ambiente que aí eu vou falando as palavras e vai batendo nas pessoas e vai voltando E aí eu vou vendo para onde vai aquela ideia né tipo tem piada hoje que eu que a minha piada mais recente do meu show por exemplo eu comecei ela de um jeito e aí eu não voltei para casa e repensei e escrevi E aí testei de novo ela foi eu vou fazendo cada dia eu tento fazer um pouquinho e ela vai se expandindo ao vivo ali na hora aí numa hora eu pensar agora tá na forma final que eu vou terminar ela aqui mas se eu escrever ela soa muito falsa na tela e eu não consigo me dar uma sensação muito ruim mas eu acho é discordando de você eu acho que talvez essa o que tá na tela seja um Norte apenas porque ali você Improvisa em cima do que tá ali poderia né não tô falando para você mudar nada não lógico Mas eu vejo isso porque eu pelo menos trabalho com planejamento acho que se eu se eu fosse um comediante eu escrevia todas as minhas piadas e poderia mudar mas eu queria até segurança de telas decoradas entende não seja negócio e aí porque aí Se der alguma coisa eu me seguro naquela Âncora mas se eu souber atores eu posso me soltar então pode ser isso também eu sei onde que ela vai terminar isso eu sei então eu tenho o roteiro na minha cabeça eu tenho de onde que ela vai terminar mas o caminho até lá eu não sei exatamente como é que vai ser [Música] da maneira como você interpreta e também eu já vi eu gosto de comediantes que escrevem e como eles que não escrevem também na comédia também tem essas várias formas de fazer né Tem um cara que eu gosto bastante ele escreve tudo escritor mesmo escreve tudo palavra e tem um outro cara que eu gosto bastante também que ele já disse várias vezes que ele não escreve nada uma palavra e faz essa parada de subir no palco e tentar Essa foi a forma que eu achei mais legal de raciocínio né do cara né de memorização a minha memória sempre foi horrorosa horrorosa horrorosa então é se eu tivesse no seu lugar faria isso se eu não você e é por isso que nos meus livros eu faço roteiro também né sim talvez não teria como decorar tudo né então eu prefiro me planejar bom é isso aí que é divulgar a tua de novo as tuas sessões de autógrafo como é quebrado Bem lembrado galera que né poxa estamos aí hoje de novo é dia 20 dia 22 é um sábado é de São Paulo todos serão muito bem-vindos lá na Livraria da Vila da Fradique Coutinho sábado 22 às 17 horas 5 horas da tarde tá é cinco da tarde sábado tranquilaço depois a gente vai bater um papo que a gente tá fazendo aqui né quem não me conhece aí quem logicamente quem lê meus livros que quem é de São Paulo tem obrigação de ir galera vai prestigiar lá e não me conhece sejam conhecer vai ter um bate-papo né e depois autógrafo então bate-papo tipo a gente tá fazendo aqui isso no sábado aqui em São Paulo e aí depois no domingo vou para Campinas Campinas vai ser no Shopping Parque Dom Pedro que todo mundo conhece lá em Campinas Livraria Leitura do Parque Dom Pedro às 16 horas mesma coisa bate-papo pergunte o que quiser galera coisas de literatura pessoal que do Nerdcast [ __ ] venham conversar com a gente comigo né com a gente que deve ter uma galera galera por exemplo amanhã que deve estar lá para quem é do jovem nerd o Léo Lopes que é o cara que digita lá os programas vai estar lá vai ter uma galera na internet então São Paulo sábado 22 de outubro 17 horas da Fradique Coutinho Livraria da Vila perdão falei litoral de levaria da Vila da Fradique Coutinho e a livraria leitura no dia 23 domingo Campinas às 16 horas Conto com a presença de vocês vai ser muito maneiro e isso é o começo da turnê né Depois eu vou estar no Rio de Janeiro eu não vou falar que as datas todas procurando no meu site aí bateu no Rio de Janeiro vai estar em Brasília Goiânia Belo Horizonte Fortaleza enfim vários lugares que o pessoal pode achar as datas procura no site eduardo.com.br boa e esse livro aqui que é o teu lançamento mais recente do Norte e o terceiro ano que vem mas o que tá sendo lançado agora é o azul esse aqui então você mostra para galera ver que esse aqui é o que está sendo que é o que vai ser autógrafo não mas o que você quiser pode levar papel higiênico Qualquer coisa leva lá boa eu tô usando as outras obras tão na Amazon o pessoal contra vão tá em todos os livrarias né o que eu já lancei de livro é a Batalha do Apocalipse aí A trilogia filhos do Éden que é Deus de Atlântida antes da morte para esse perdido tudo se encontra livraria ele virtuais vai estar no dia tudo à venda Enfim fazer a festa aí boa valeu obrigado pela presença aqui cara Eu que agradeço cara Fiquei muito feliz aí de ter me chamado porque achei muito maneiro cara obrigado dá um papo assim que rolou que a gente planejar muito né Muito maneiro do jeito exatamente valeu obrigado tá de volta amanhã né cara os caras do ben-hur então até amanhã eu falar uma coisa [Música] [ __ ] falar uma coisa aqui eu ia lá na sexta-feira agora eles cancelaram porque eles vêm aqui então vem aqui de novo de tarde na sexta-feira à noite eu vou estar também no elementar show que é outro podcast também Procure aí e então todos eu quero encontrar coisas aí na próxima vez que eu vier bom então amanhã a gente tá de volta aí às 3 horas da tarde um bom final de tarde para todo mundo que nos acompanham aqui obrigado pela audiência tchau tchau

Trivia

Curiosidades do episódio

O que o pessoal achou

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À Deriva

Entrevista com um toque de humor, por Arthur Petry

Eduardo Spohr (243)

Eduardo Spohr é escritor, jornalista e podcaster.